Showing posts with label study. Show all posts
Showing posts with label study. Show all posts

Wednesday, January 17, 2024

Gronelândia está a perder 30 milhões de toneladas de gelo por hora ?

 




credits: Photo Laura Larocca

via NewScientist


Um estudo colaborativo concluiu que os glaciares periféricos da Gronelândia estão a recuar a um ritmo sem precedentes, sendo o recuo no século XXI duas vezes mais rápido do que no século XX. Esta rápida mudança, ligada às alterações climáticas, foi revelada através de uma combinação de imagens de satélite e de imagens históricas aéreas.


As alterações climáticas estão a causar um enorme ‘desfalque’ nas calotes de gelo da Gronelândia. Segundo um estudo de cientistas norte-americanos, as perdas são 20% superiores ao que se estimava anteriormente. isto esquivale a qualquer coisa como 30 milhões de toneladas de gelo que, a cada hora, desaparecem.


Estudos anteriores apuraram que cerca de 5 mil gigatoneladas de gelo eram perdidas da superfície gelada da Gronelândia nas últimas duas décadas, sendo uma das principais ‘contribuições’ para a subida do nível das águas do mar.





credits: Mario Tama /Getty Images

via New York Times


A investigação publicada a 17 Janeiro 2024 no jornal científico Nature junta dados de mais de 240 mil imagens de satélite das posições onde os glaciares encontram os oceanos, tiradas entre 1985 e 2022.


“Quase todos os glaciares da Gronelândia diminuíram ou recuaram nas últimas décadas”, assinala à AFP o responsável pelo estudo Chad Greene, glaciologista do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA.





An aerial photo of Greenland’s coastline 
from the Danish National Archives
credits: Laura Larocca
via SciTechDaily



Os investigadores apuraram que mais de mil gigatoneladas (ou 20% do total anteriormente calculado), do gelo ao redor dos limites da Gronelândia foram perdidas nos últimos 40 anos, sem terem sido contabilizadas.


Na investigação, publicada na revista Nature, os cientistas indicam que o gelo nas costas da ilha já está na água, pelo que o impacto directo na subida do nível das águas é “mínimo”.No entanto, pode indiciar um maior derretimento geral dos glaciares, permitindo que as massas de gelo deslizem mais facilmente para o oceano.





credits: unknown
via RTÊ


Outro impacto desta realidade observada preocupa os cientistas, já que o degelo esta a causar perturbações nas correntes de águas profundas, principais impulsionadores dos padrões climáticos globais. Com o ‘extra’ de água doce das massas de gelo a entrarem no oceano, a Circulação Meridional do Atlântico (AMOC), sistema que regula a transferência global de calor dos trópicos para o hemisfério norte, poderá ser afetada.


Já no ano passado, cientistas internacionais tinham alertado que as mudanças registadas na AMOC e o derretimento de camadas de gelo estavam entre os pontos críticos das alterações climáticas, e que representavam uma “ameaça sem precedentes” à humanidade.





credits: unknown
via ERTÊ


A collaborative study has found that Greenland’s peripheral glaciers are retreating at an unprecedented rate, with the retreat in the 21st century being twice as fast as in the 20th century. This rapid change, linked to climate change, was revealed through a combination of satellite and historical aerial imagery.


Greenland’s expansive ice sheet is known to be shrinking, especially since the 1990s, because of warming from climate change. It’s a fate shared by the Antarctic Ice Sheet as well as glaciers around the world. Now, a new study reveals that about 20 percent more of the Greenland ice sheet has disappeared than previous estimates show.




An aerial photo of Greenland’s coastline 
from the Danish National Archives
credits: Laura Larocca
via SciTechDaily

The missing ice has been breaking and melting from the ends of glaciers around Greenland’s perimeter. The new research, published Wednesday in the journal Nature, provides a detailed accounting of a process that scientists knew was happening but had struggled to measure comprehensively.




Photo of present-day Greenland, taken during a field research trip 
by Northwestern University researchers.
 credits: Laura Larocca
via SciTechDaily

“Almost every glacier in Greenland is retreating. And that story is true no matter where you look,” said Chad Greene, a glaciologist at the NASA Jet Propulsion Laboratory and the lead author of the study. “This retreat is happening everywhere and all at once.”

(...)


Dr. Greene’s team combined more than 200,000 observations of glacier end points, covering almost all of Greenland, based on satellite images taken from 1985 to 2022. The researchers used observations from existing public data sets and combined them to create a comprehensive bird’s-eye view of the contracting edges of Greenland’s ice sheet over the past 40 years. Read more here


Sad news for all of us !


Geração 'polar'


17.01.2024




Sources: Executive Digest/ Nature/ New Scientist/ NYT Climate

Sunday, October 9, 2022

Oceano Árctico está a acidificar mais rápido do que se pensava ! Estudo !

 




credits: Nasa/ZumaWire/Rex/Shutterstock
via The Guardian

Olá de novo! Aqui estamos para divulgar um estudo chocante sobre a acididicação do Árctico que se repercute na vida marinha 

Os níveis de acidez no Oceano Árctico estão a aumentar três a quatro vezes mais rápido dos que nos outros oceanos, revela um estudo publicado dia 29 de Setembro 2022, na revista Science. Esta é a primeira análise da acidificação do Árctico que compila dados de mais de duas décadas, cobrindo o período entre 1994 e 2020.

O Oceano Árctico sofre de um processo rápdo de acidificação devido às emissões de CO2, fenómeno que ameaça os ecossistemas frágeis da região, alertaram cientistas do Programa de Monitorização e Avaliação do Árctico (AMAP), que reúne cientistas de vários países.

A equipa internacional que elaborou o estudo identificou também uma forte correlação entre a taxa acelerada de degelo na região e a taxa de acidificação dos oceanos. Trata-se de uma combinação perigosa que ameaça a sobrevivência de vegetais, crustáceos, corais e outras formas de vida marinha do planeta.

As informações foram divulgadas dia 6 Outubro, na Conferência Internacional sobre a Acidificação dos Oceanos, que teve lugar na Noruega.

Segundo a investigação, a acidez das águas neste local do planeta aumentou 30% desde o início da era industrial. O Árctico é o mais vulnerável dos oceanos porque as suas águas frias absorvem mais CO2 e recebem a água doce vinda dos rios e do degelo. Tais factos reduzem a capacidade do oceano de neutralizar quimicamente o ácido proveniente do CO2.





Graphic Credit: Tammy Beeson/University of Delaware
NOAA/ PMEL


Segundo o estudo, no Mar da Islândia e no Mar de Barents, o pH diminuiu cerca de 0,02 por década desde o final dos anos 60.

Outro ponto citado pelo estudo é que, mesmo que as emissões do gás de efeito estufa caiam, serão necessários milhares de anos para que os oceanos recuperem seu nível de acidez de antes do período industrial, há dois séculos, de acordo com o pesquisador norueguês Richard Bellerby, um dos autores de um relatório científico sobre este tema.

Os investigadores estimam que, até 2050, o gelo marinho no Árctico dificilmente resistirá aos Verões cada vez mais quentes potenciados pela crise climática. As consequências do degelo são sobejamente conhecidas: a composição química do oceano altera-se, ficando cada vez mais ácida e tornando os ecossistemas marinhos menos ricos e saudáveis.


credits: : Anadolu Agency/Getty
via The Guardian/


Scientists ‘shocked’ by rate of change as rapid sea-ice melt drives absorption of CO2 – with ‘huge implications’ for Arctic sea life.

Acidification of the western Arctic Ocean is happening three to four times faster than in other ocean basins, a new study has found.

The ocean, which absorbs a third of all of the carbon dioxide in the atmosphere, has grown more acidic because of fossil fuel use. Rapid loss of sea ice in the Arctic region over the past three decades has accelerated the rate of long-term acidification, according to the study, published in Science on 29 September 2022.



credits: University of Delaware

Researchers from the Polar and Marine Research Institute at Jimei University, China, and the School of Marine Science and Policy at the University of Delaware in the US, say rapid sea-ice loss exposes seawater to the atmosphere, promoting takeup of carbon dioxide at a faster rate than in the Atlantic, Pacific, Indian, Antarctic and sub-Antarctic basins.

"In other ocean systems, acidification is being driven by an increase in atmospheric carbon dioxide, which is increasing at a rate of around 2ppm [parts per million] per year,” said Wei-Jun Cai, a marine chemistry expert at the University of Delaware and one of the paper’s authors. Read more here

Unfortunaly, climate crisis is deeply present in our planet. We must continue to pledge to minimize all the effects on the planet. 

Geração explorer

09.10.2022

Sources: Público/ Crise Climática | The Guardian/ Climate Crisis/ Science


Saturday, April 14, 2018

Antárctida : Queda de neve aumentou 10% nos últimos 200 anos





An analysis of 79 ice cores collected from the continent reveals a 10% increase in snowfall in Antarctica
creditos: SciTech Europe

A queda de neve na Antárctida aumentou em cerca de 10% nos últimos 200 anos, segundo um estudo apresentado dia 9 de Abril na reunião da União Europeia de Geociências (UEG), em Viena, Áustria. 




A equipa internacional de investigação, liderada pela British Antarctic Survey, analisou 79 núcleos de gelo recolhidos no continente antárctico, de modo a analisar as alterações na queda de neve e o impacto no nível das águas do mar.

Este estudo britânico analisou a queda de neve no continente gelado entre 1800 e 2010. Os resultados elevam as esperanças de desaceleração no aumento do nível das águas dos oceanos. Estudo publicado na revista Climate of the Past.

O estudo mostra que houve um significativo aumento da queda de neve entre 1800 e 2010, o que pode ter impacto global no nível das águas do mar. 

Os resultados da investigação mostram assim que a crescente queda da neve pode contribuir para desaceleramento do aumento do nível do mar. 



Dr Liz Thomas, autora do estudo
créditos:  British Antarctic Survey

"Existe uma necessidade urgente de entender a contribuição do gelo antárctico para o aumento do nível do mar e foram usadas várias técnicas para determinar o balanço entre a queda de neve e a perda de gelo. Quando a perda de gelo não é restituída pela queda de neve, o nível do mar aumenta", 

Liz Thomas, principal autora do estudo

A maior parte da neve caiu na Península Antárctica, no Hemisfério Ocidental. "Os nossos resultados mostram uma mudança significativa no balanço da massa superficial [de gelo] durante o século XX. 

A maior contribuição é da Península Antárctica, onde a queda de neve média anual durante a primeira década do século XXI é 10% mais elevada do que no mesmo período no século XIX", acrescenta Liz Thomas

*Nota: Oiça a entrevista com Dr Liz Thomas aqui

No entanto, a equipa de investigação faz questão de relembrar que os aumentos de queda de neve não invalidam as observações respeitantes ao degelo, registadas pelos satélites ao longo dos últimos 25 anos. 

Embora o aumento na queda de neve, desde 1900, tenha ajudado a baixar o nível das águas do mar em cerca de 0,04 milímetros a cada década, o aquecimento global tem provocado o degelo da parte inferior dos glaciares, o que, pelo contrário, provoca o aumento do nível das águas. Leia mais aqui



Much of the extra snow has fallen on the Antarctic Peninsula
credits: SPL
Scientists have compiled a record of snowfall in Antarctica going back 200 years.
Dr Liz Thomas presented the results of the study at the European Geosciences Union (EGU) General Assembly here in Vienna, Austria.
The study shows there has been a significant increase in precipitation over the period, up 10%.
The effect of the extra snow locked up in Antarctica is to slightly slow a general trend in global sea-level rise.
However, this mitigation is still swamped by the contribution to the height of the oceans from ice melt around the continent.
Some 272 billion tonnes more snow were being dumped on the White Continent annually in the decade 2001-2010 compared with 1801-1810.

Cores have been collected across the continent 
- making this the largest study of its kind
credits: BAS

The British Antarctic Survey (BAS) researcher, Dr Liz Thomas said the work was undertaken to try to put current ice losses into a broader context. "The idea was to get as comprehensive a view of the continent as possible,".
"There's been a lot of focus on the recent era with satellites and how much mass we've been losing from big glaciers such as Pine Island and Thwaites. But, actually, we don't have a very good understanding of how the snowfall has been changing.
"The general assumption up until now is that it hasn't really changed at all - that it's just stayed stable. Well, this study shows that's not the case.”
Dr. Liz Thomas 
*Note: Hear the interview with Dr. Liz Thomas here



Artwork: Satellites routinely map Antarctica, 
but their data record is only about 25 years
credits: BAS
The previous, most extensive survey of this kind assessed just 16 cores. The new study is therefore much more representative of snowfall behaviour across the entire continent.
It found the greater precipitation delivered additional mass to the Antarctic ice sheet at a rate of 7 billion tonnes per decade between 1800 and 2010 and by 14 billion tonnes per decade when only the period from 1900 is considered.
Most of this extra snow has fallen on the Antarctic Peninsula, which saw significant increases in temperature during the 20th Century.Read more here 
Geração 'explorer'
14.04.2018

Creative Commons License

Sources: 
Público/ Ambiente
BBC/ Science & Environment
Phys.org

Wednesday, June 18, 2014

Submundo descoberto na Gronelândia




greenland_com / Creative Commons
Foi descoberto um submundo debaixo da vasta camada de gelo da Gronelândia, segundo um estudo publicado no jornal Nature Geoscience
A vasta camada de gelo cobre o o Norte da Gronelândia e foi descoberta por um radar que penetra no gelo, durante um dos vôos de pesquisa da NASA.
De acordo com a equipa de investigadores, esta descoberta pode aprofundar o nosso conhecimento sobre a forma como as camadas de gelo da Gronelândia e Antárctida respondem às alterações climáticas.
“Cada vez vemos mais esse fenómeno – a camada de gelo começa a derreter mais rápido” (...) “Acreditamos que o processo de recongelamento eleva, distorce e aquece o gelo acima, tornando-se mais suave e mais fácil de fluir”.
Robin Bell, autor principal do estudo e geofísico do Lamont Doherty Earth Observatory, da Universidade de Columbia. 



greenland_com / Creative Commons
Até agora, os cientistas pensavam que as formas que distinguiam abaixo da camada de gelo eram cadeias montanhosas. Agora, com as pesquisas da NASA sabe-se que estas formações são gelo e não rocha.
As formações foram causadas pelo derretimento e subsequente recongelamento da água no fundo da camada de gelo. 
A descoberta é tão impressionante que deixa os cientistas mostraram incrédulos com os resultados.
“É algo espectacular. São apenas linhas paralelas planas. O gelo é suposto ser assim, mas aqui está a quebrar todas as regras. São coisas onduladas, distorcidas e loucas, que se encontram debaixo do gelo e são do tamanho de arranha-céus”, 
Kirsty Tinto, geofísica de Lamont-Doherty.


greenland_com / Creative Commons
As estruturas cobrem cerca de 10% das áreas da Gronelândia do norte pesquisadas pela NASA. 

O derretimento e recongelamento da camada de gelo desenrola-se há centenas ou milhares de anos. Os cientistas já tinham conhecimento destes processos, mas só agora perceberam o que as áreas derretidas estavam a recongelar.
Esta investigação é crucial para perceber como devemos responder às alterações climáticas. “Se queremos perceber de que forma o gelo está a responder às alterações climáticas, temos de perceber a sua dinâmica fundamental”

Kirsty Tinto.
“Não é apenas saber que estamos a derreter a superfície e que esta superfície está a correr para o mar. Há um sistema lindo e complicado através do gelo e temos de percebê-lo do topo ao fundo para saber o que se está a passar”.



Melting and refreezing at the bottom of ice sheets warps the layer-cake structure above, as seen in this radar image from Greenland. 

Credit: Mike Wolovick


The mostly flat topography of Greenland is in sharp contrast to the jagged features found to be underlying much of the ice sheet. 

Scientists have discovered a frozen underworld beneath the ice sheet covering northern Greenland.
Beneath the barren whiteness of Greenland, a mysterious world has popped into view. Using ice-penetrating radar, researchers have discovered ragged blocks of ice as tall as city skyscrapers and as wide as the island of Manhattan at the very bottom of the ice sheet, apparently formed as water beneath the ice refreezes and warps the surrounding ice upwards.

Uplifted and deformed ice sheet in the fast flowing Petermann Glacier as seen in this radar image from Greenland. 
Credit: Mike Wolovick

The newly revealed forms may help scientists understand more about how  sheets behave and how they will respond to a warming climate. The results are published in the latest issue of Nature Geoscience.
"We see more of these features where the  starts to go fast," said the study's lead author, Robin Bell, a geophysicist at Columbia University's Lamont-Doherty Earth Observatory. "We think the refreezing process uplifts, distorts and warms the ice above, making it softer and easier to flow." Read more here
As alterações climáticas estão na ordem do dia e são cada vez mais uma das preocupações de muitos dos cientistas mundiais.

Geração 'explorer'
18.06.2014
Creative Commons License
Referências :
GreenSavers Portugal
Phys Org