Olá de novo! Aqui estamos para divulgar um estudo chocante sobre a acididicação do Árctico que se repercute na vida marinha
Os níveis de acidez no Oceano Árctico estão a aumentar três a quatro vezes mais rápido dos que nos outros oceanos, revela um estudo publicado dia 29 de Setembro 2022, na revista Science. Esta é a primeira análise da acidificação do Árctico que compila dados de mais de duas décadas, cobrindo o período entre 1994 e 2020.
O Oceano Árctico sofre de um processo rápdo de acidificação devido às emissões de CO2, fenómeno que ameaça os ecossistemas frágeis da região, alertaram cientistas do Programa de Monitorização e Avaliação do Árctico (AMAP), que reúne cientistas de vários países.
A equipa internacional que elaborou o estudo identificou também uma forte correlação entre a taxa acelerada de degelo na região e a taxa de acidificação dos oceanos. Trata-se de uma combinação perigosa que ameaça a sobrevivência de vegetais, crustáceos, corais e outras formas de vida marinha do planeta.
As informações foram divulgadas dia 6 Outubro, na Conferência Internacional sobre a Acidificação dos Oceanos, que teve lugar na Noruega.
Segundo a investigação, a acidez das águas neste local do planeta aumentou 30% desde o início da era industrial. O Árctico é o mais vulnerável dos oceanos porque as suas águas frias absorvem mais CO2 e recebem a água doce vinda dos rios e do degelo. Tais factos reduzem a capacidade do oceano de neutralizar quimicamente o ácido proveniente do CO2.
Segundo o estudo, no Mar da Islândia e no Mar de Barents, o pH diminuiu cerca de 0,02 por década desde o final dos anos 60.
Outro ponto citado pelo estudo é que, mesmo que as emissões do gás de efeito estufa caiam, serão necessários milhares de anos para que os oceanos recuperem seu nível de acidez de antes do período industrial, há dois séculos, de acordo com o pesquisador norueguês Richard Bellerby, um dos autores de um relatório científico sobre este tema.
Os investigadores estimam que, até 2050, o gelo marinho no Árctico dificilmente resistirá aos Verões cada vez mais quentes potenciados pela crise climática. As consequências do degelo são sobejamente conhecidas: a composição química do oceano altera-se, ficando cada vez mais ácida e tornando os ecossistemas marinhos menos ricos e saudáveis.
Acidification of the western Arctic Ocean is happening three to four times faster than in other ocean basins, a new study has found.
The ocean, which absorbs a third of all of the carbon dioxide in the atmosphere, has grown more acidic because of fossil fuel use. Rapid loss of sea ice in the Arctic region over the past three decades has accelerated the rate of long-term acidification, according to the study, published in Science on 29 September 2022.
Researchers from the Polar and Marine Research Institute at Jimei University, China, and the School of Marine Science and Policy at the University of Delaware in the US, say rapid sea-ice loss exposes seawater to the atmosphere, promoting takeup of carbon dioxide at a faster rate than in the Atlantic, Pacific, Indian, Antarctic and sub-Antarctic basins.
"In other ocean systems, acidification is being driven by an increase in atmospheric carbon dioxide, which is increasing at a rate of around 2ppm [parts per million] per year,” said Wei-Jun Cai, a marine chemistry expert at the University of Delaware and one of the paper’s authors. Read more here
Unfortunaly, climate crisis is deeply present in our planet. We must continue to pledge to minimize all the effects on the planet.
Geração explorer
09.10.2022
Sources: Público/ Crise Climática | The Guardian/ Climate Crisis/ Science
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