Saturday, June 29, 2013

Ross Sea: o último mar intocável do Planeta


Durante os últimos sete anos o cineasta Peter Young (Nova Zelândia) fez parte de uma equipe que trabalhou numa campanha para proteger o Ross Sea na Antárctida, amplamente considerado como o ecossistema marinho mais puro do planeta. Uma aspecto fundamental para esta campanha é precisamente o seu documentário auto-financiado The Last Ocean





Peter Young está apresentando este seu filme numa viagem pelos EUA, vindo depois para Europa, onde espera inspirar o público para apoiar a protecção total de Ross Sea.




As próximas semanas são cruciais. Em Julho 2013, 25 nações da Antárctida  vão reunir-se em Bremerhaven, na Alemanha, para decidir se se deve ou não estabelecer uma grande área protegida marinha em Ross Sea. A preparação para Bremerhaven é a grande oportunidade de fazer a diferença.

A divulgação de The Last Ocean é uma viagem de 'campanha' afim de promover a protecção de Ross Sea. Peter Young está participando na exibição do filme nos festivais aqui indicados, para gerar o interesse dos média. 

Entre as acções previstas, estão as visitas que a equipe irá fazer a supermercados para os pressionar a deixar de vender Marlonga negra pescada no Ross Sea e pedir aos consumidores que deixem de consumir este peixe. Marlonga negra é comercializado como 'robalo chileno' em toda a América do Norte. 

Se a meta de expansão for atingida, Peter Young irá até à Alemanha realizar sessões de esclarecimento frente ao local das negociações, em Bremerhaven.






For the past seven years New Zealand filmmaker Peter Young has been part of a team working on a campaign to protect the Ross Sea, widely regarded as the most pristine marine ecosystem on Earth. A key tool in that campaign is his self-funded feature documentary The Last Ocean. Peter is taking the film on a road trip in the US, and then onto Europe, where he hopes to inspire audiences to support full protection of the Ross Sea. Read more here




The next few weeks are crucial. In July of this year, 25 Antarctic nations will gather in Bremerhaven (Germany), to decide whether or not to establish a large marine protected area in the Ross Sea. The lead up to Bremerhaven is our big opportunity to make a difference.

Speaking at a special screening of the The Last Ocean in Washington DC last month, US Secretary of State, John Kerry said he hoped that the film would inspire people to be responsible stewards of "this fragile planet".




"What better gift could we leave our children than Earth's last truly wild ocean?”

Peter Young

Geração 'explorer'

29.06.2013

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Friday, June 14, 2013

Estação científica polar evacuada devido ao degelo




Evacuação Severny Polious 40
Foto: AFP/Affanassi Makovnev

A investigação russa na estação polar científica Severny Polious 40, a bordo de um bloco de gelo no Árctico, foi interrompida devido a uma evacuação de emergência. O gelo sobre o qual a estação foi construída começou a derreter a um ritmo alarmante e ficou dividido em seis partes.

“O gelo está a rachar-se. Fissuras estão aparecer nos bancos de gelo”, afirmou um porta-voz do ministério russo em declarações à agência noticiosa francesa AFP.
A estação no Pólo Norte havia sido construída em Outubro de 2012 com o objectivo de funcionar até Setembro de 2013. Os planos, tiveram que ser interrompidos no final de Maio, quando a estrutura começou a derreter e 16 pessoas tiveram de ser evacuadas.


Photo: Pierre-Henry Deshayes/AFP

A destruição do gelo pode ter sido consequência de sistemas de ruptura de alta pressão registados na bacia do Árctico – um “desenvolvimento anormal de processos naturais”, descreve o Arctic and Antarctic Scientific Research Institute. Os ventos fortes terão ajudado a empurrar e fracturar o bloco de gelo com mais de 300 Km.
Segundo o Huffington Post, a proximidade de uma corrente oceânica conhecida como Beaufort Gyre terá levado a um maior dinamismo do gelo à deriva que conduz, por sua vez, à formação de fissuras nos blocos.
A Rússia lança anualmente uma expedição de pesquisa flutuante, desde 1937. Mas encontrar blocos de gelo adequados para o exercício tem vindo a tornar-se cada vez mais difícil, como resultado das mudanças climáticas.
Esta era a 40ª estação polar russa instalada na região, a Pólo Norte-40. Em contraste, a Pólo Norte-22, lançada em Setembro de 1973, levou a sua investigação a cabo até 1982 – um período de mais de oito anos e meio, sem qualquer ocorrência de perturbação do ambiente gelado.
Fotografia: Autor não identificado


Photo: Anna Yudina | Ria Novosti | AFP
Russia is evacuating a drifting Arctic research station that was supposed to last until September, because the ice it is built on is starting to break up.
The cracks are another indication of the rapid decline of the Arctic ice sheet — especially so because the encampment is on the Canadian side of the Arctic Sea, where the ice is oldest and most durable.
Research at Russia's North Pole-40, a station located aboard an ice floe in the Arctic, has ceased following an emergency evacuation of personnel. The ice upon which the station was built had begun to melt at an alarming rate and split into six pieces. 
It’s a huge loss for us, and for science,” said Vladimir Sokolov, the expedition's director, in an interview with The Washington Post. “For us, it is very important to get information about the climate system in the high-latitude Arctic.”
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A nossa posição é conhecida. Somos contra todo o tipo de intervenção no Árctico.

Geração 'explorer'

14.06.2013

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Tuesday, June 4, 2013

Musgo congelado?



Reuters (arquivo)

A investigadora Catherine La Farge da Universidade de Alberta (Canadá), recolheu o que pensou ser musgo morto na base de um glaciar em recessão na ilha de Ellesmere, o território canadiano mais a norte. O processo de datação por carbono colocou a idade das plantas entre os 400 e os 600 anos, levando os cientistas a concluírem que terão ficado sepultadas no gelo durante a chamada "pequena idade do gelo", que ocorreu entre 1550 e 1850.   
Catherine La Farge conseguiu depois fazer reviver o musgo, de 24 exemplares colocados em terra e expostos à luz. Sete começaram a apresentar novo crescimento, alterando aquilo que era dado como uma certeza científica: que os restos de plantas expostos pelo recuo dos glaciares não tinham vida e que o aparecimento de novas plantas nas áreas expostas pelos glaciares era resultado da rápida colonização da área por plantas vizinhas. 
A investigação de La Farge foi publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences' 
"Sabemos que as (plantas) briófitas (família a que pertencem os musgos) podem permanecer inactivas por muitos anos, por exemplo, em desertos, mas não se esperava que voltassem à vida depois de quase 400 anos sob um glaciar", disse a investigadora.   
Os musgos são plantas que evoluíram a partir de algas marinhas há cerca de 400 milhões de anos, sendo precursores de outras plantas terrestres, e reproduzem-se através da clonagem das suas células, que têm a capacidade de isoladamente darem início ao desenvolvimento de uma nova planta.
Lusa




A research team observed how some plants that were frozen under a glacier during the so-called Little Ice Age, centuries ago, returned to germinate. Samples of the 400-year-old plants have sprouted in the laboratory.

The Little Ice Age was a cold period that ran approximately from AD 1550 to AD 1850, and plagued widespread areas of North America and Europe.



dr. Catherine La Farge
 Photo : University of Alberta 

The scientific team was exploring the area around Teardrop Glacier, high in the Canadian Arctic, when they noticed an unusual vegetation cover.
"We ended up walking along the edge of the glacier margin and we saw these huge populations coming out from underneath the glacier that seemed to have a greenish tint," said Catherine La Farge, lead author of the study.
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Geração 'explorer'


04.06.2013


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Referências: