Monday, January 16, 2017

Vida dos Ursos Polares ameaçada devido a poluentes químicos







Urso polar sem gelo
credits: Patty Waymire
http://www.huffingtonpost.com/
Agora os poluentes químicos que são mais uma ameaça para a vida dos ursos polares. Isto, como é sabido, para além do aquecimento global.
Esta a conclusão de um estudo divulgado, no passado dia 5 Fevereiro 2017. O estudo sintetiza 40 anos de trabalho de investigação, publicado na revista científica Environmental Toxicology and Chemistry.
Segundo esse estudo, estes poluentes representam um risco para a saúde dos ursos cem vezes superior ao limite considerado aceitável para os animais adultos. 


Urso polar com a sua cria mo Árctico sem gelo
credits: Patty Waymire
http://www.huffingtonpost.com/
Nas crias, sujeitas aos químicos através do leite materno, o risco é mil vezes superior.
"Trata-se do primeiro estudo que visa quantificar o risco que os poluentes orgânicos persistentes representam para ecossistema árctico”.
Sara Villa, toxicóloga da Universidade de Milano-Bicocca, Itália/ AFP
Os cientistas sintetizaram quarenta anos de trabalho sobre a exposição dos ursos polares a químicos, das focas e do bacalhau, numa área entre as ilhas Svalbard (Noruega) e o estado do Alasca (EUA), ambos banhados pelo Oceano Árctico.


Weddell seals 
credits: Timothy New

Usados na agricultura e na indústria, os poluentes orgânicos persistentes, como os pesticidas, mantêm-se durante décadas na Natureza, contaminando por isso a cadeia alimentar. Passam, por exemplo, do plâncton (organismos microscópicos que fluctuam no mar) aos peixes, depois às focas e, por fim, aos ursos.
Ao acumularem-se no organismo, até atingirem doses muito tóxicas, os químicos podem afectar os sistemas imunitário, reprodutivo e endócrino. 
Vestígios de policlorobifenilos (PCB), um dos poluentes orgânicos persistentes, cujo uso está proibido desde a década de 70, foram detectados nos ursos polares, de acordo com a investigação.


Urso polar no Árctico sem gelo
credits: Patty Waymire
http://www.huffingtonpost.com/
Segundo as estimativas, apontam para que, em 2050, a população de ursos polares, já ameaçada pelo degelo decorrente das alterações climáticas, diminua um terço. 
No Árctico, o aquecimento global poderá gerar verões sem gelo dentro de 20 anos, vaticinam os cientistas.


Polar bear  Arctic melt :-(
credits: Patty Waymire
http://www.huffingtonpost.com/
As sea ice near the North Pole melts, polar bears already face the threat of disappearing habitat. Now a study shows they face another: Arctic pollution.
A new analysis by researchers from the University of Milano Bicocca and Masaryk University found that persistent organic pollutants pose a much higher risk to polar bears than to other Arctic predators.
“Persistent organic pollutants (POPs) are chemicals that remain intact in the environment for long periods, travel long distances, accumulate in living organisms, and are toxic to humans and wildlife,” the researchers wrote in their analysis.
(...)
The analysis looked at studies over the past several years on both Arctic pollution and on the three specific animal species.



Weddell seal pup 
credits: Ewan Curtis

The researchers found that the pollutants pose only a low risk for seals. For polar bears, though, the risk is two orders of magnitude higher than the safety threshold. For polar bear cubs being fed with contaminated milk, the risk is three orders of magnitude higher.
For the fish, there was not enough data from all years to give a complete picture.
“The present study indicates a very high potential for toxic effects at least at the top levels of the Arctic food web, particularly for a top predator such as the polar bear and for its offspring,” the researchers wrote.Read more here

Geração 'explorer'
16.01.2017
Creative Commons License
Rerences:
Observador/ Ciência
Earth Your World / Wiley Online Library

Thursday, January 12, 2017

Antárctida : Icebergue gigante em perigo de se desprender






credits: NASA/ Swansea UNiversity

Um icebergue com cerca de cinco mil quilómetros quadrados, considerado um dos dez maiores jamais registados, está perto de se desprender da Antárctida, alertam cientistas da Universidade de Swansea, País de Gales, Reino Unido.

Uma fenda enorme no segmento Larsen C, uma das três existentes na barreira de gelo Larsen, aumentou rapidamente no mês de dezembro e, neste momento, o icebergue está preso à plataforma por apenas 20 quilómetros de gelo.




O Larsen C, de 350 metros de espessura, está localizado na costa oriental da península antárctica e ajuda a travar o fluxo dos glaciares – rios de gelo – que estão por detrás. 

Trata-se da maior plataforma de gelo no norte da Antárctida. As plataformas de gelo são as porções da Antártida em que a camada de gelo está sobre o oceano e não sobre o solo. Segundo os especialistas, trata-se de um pedaço de gelo cuja extensão equivaleria a um quarto do território do País de Gales, pelo que o seu desprendimento poderia provocar outros no futuro.




Midas Project Swansea University


Há vários anos que os investigadores vêm observando a fenda no Larsen C. E atenção redobrou após o colapso do Larsen A – o segmento mais pequeno – em 1995 e do Larsen B, que se desintegrou quase totalmente em 2002. 

“Se [o icebergue do Larsen C] não se desprender nos próximos meses, ficarei espantado”.

Professor Adrian Luckman, Swansea University/BBC

Segundo explicou, os cientistas observaram o aumento da fenda através de imagens do satélite Esa Sentinel. Luckman sublinhou ainda tratar-se de um fenómeno geográfico e não climático, uma vez que a fenda existe há décadas. No entanto, aprofundou-se agora.



Larsen map

Mas que consequências pode ter o desprendimento e a desintegração do Larsen C? Sabemos que o nível médio da água do mar não aumentaria: como este gelo já flutua na água, então o volume que ocupa continuaria a ser o mesmo. O problema é que plataformas como Larsen C funcionam como contraforte que “seguram” os glaciares que flutuam em direção à costa. Quando Larsen A e Larsen B se desprenderam – o primeiro em 1995 e o segundo em 2002 -, a velocidade dos glaciares que eles seguravam aumentou e entraram mar dentro, contribuindo para o aumento do nível médio da água do mar.



Researchers have been tracking the rift in Larsen C for many years, following the collapse of the Larsen A ice shelf in 1995 and the sudden break-up of the Larsen B shelf in 2002
Last year, researchers from the UK's Project Midas reported that the Larsen C rift was growing fast.
But last December the speed of the rift went into overdrive, growing by a further 18km in just a couple of weeks. What will become a massive iceberg now hangs on to the shelf by a thread just 20km long.


Professor Adrian Luckman, Swansea University
credits: P. W.

Project leader, Professor Adrian Luckman, said: "If it doesn't go in the next few months, I'll be amazed.
"There hasn't been enough cloud-free Landsat images but we've managed to combine a pair of Esa Sentinel-1 radar images to notice this extension, and it's so close to calving that I think it's inevitable."
According to Professor Luckman, the area that will break off will be about 5,000 sq km, a size he said that would put the iceberg among the top ten biggest ever recorded.
Professor Luckman added that this is a geographical and not a climate event. Although it is believed that climate warming has brought forward the likely separation of the iceberg.


Ted Scambos & Michon Scott
National Snow and Ice Data Center

They are concerned, though, about how any break-off will impact the rest of the ice shelf, given that its neighbour, Larsen B, disintegrated spectacularly in 2002 following a similar large calving event.


"We are convinced, although others are not, that the remaining ice shelf will be less stable than the present one," said Professor Luckman.
"We would expect in the ensuing months to years further calving events, and maybe an eventual collapse - but it's a very hard thing to predict, and our models say it will be less stable; not that it will immediately collapse or anything like that." Read more here
Geração 'explorer'
11.01.2017

Creative Commons License

References:

Swansea University

Observador/ Ciência