Thursday, May 22, 2014

Dia Internacional da Biodiversidade




Hoje, dia 22 Maio celebra-se o Dia Internacional da Biodiversidade proclamado pelas Nações Unidas com o objectivo de aumentar o grau de consciencialização e conhecimentos acerca da biodiversidade.
Celebra-se anualmente a 22 de Maio desde 2000. O Dia Internacional da Biodiversidade foi instituído pelas Nações Unidas para celebrar a Biodiversidade do planeta Terra e para incentivar à sua conservação.
Inicialmente, esta efeméride era comemorada a 29 Dezembro (data da entrada em vigor da Convenção da Diversidade Biológica). 
Devido à proximidade das festas de natal e de fim de ano, a data da celebração foi alterada, sete anos mais tarde, para 22 de Maio, dia do aniversário da aprovação do texto da Convenção sobre a Diversidade Biológica, que teve lugar em 1992
A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas.


Este ano, o tema é a Biodiversidade Insular, no âmbito da Década das Nações Unidas sobre Biodiversidade.

O tema Biodiversidade Insular foi escolhido para coincidir com a designação atribuída a 2014 pela Assembleia Geral das Nações Unidas como o Ano Internacional dos Países em Desenvolvimento em Ilhas Pequenas

As ilhas e as suas áreas marinhas circundantes constituem ecossistemas únicos que possuem frequentemente muitas espécies endémicas de plantas e animais – espécies que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar da Terra. 

Esses ecossistemas constituem um legado único da história evolucionária e são tesouros insubstituíveis, constituindo ainda a base da subsistência, da economia, do bem-estar e da identidade cultural de 600 milhões de ilhéus – um décimo da população mundial.

Reserva Natural das Berlengas
foto: autor não identificado

Este ano, o tema Biodiversidade Insular, Portugal elegeu o território da Reserva Natural das Berlengas como sítio das comemorações oficiais. Contudo as condições climatéricas adversas já anunciadas não irão permitir levar a cabo os eventos programados para este dia 22 de maio, sendo obrigados a adiar para o dia 5 de junho, Dia Mundial do Ambiente.




The United Nations has proclaimed May 22 The International Day for Biological Diversity(IDB) to increase understanding and awareness of biodiversity issues. 

When first created by the Second Committee of the UN General Assembly in late 1993, 29 December (the date of entry into force of the Convention of Biological Diversity), was designated The International Day for Biological Diversity. In December 2000, the UN General Assembly adopted 22 May as IDB, to commemorate the adoption of the text of the Convention on 22 May 1992 by the Nairobi Final Act of the Conference for the Adoption of the Agreed Text of the Convention on Biological Diversity. 

This was partly done because it was difficult for many countries to plan and carry out suitable celebrations for the date of 29 December, given the number of holidays that coincide around that time of year.

The theme Island Biodiversity was chosen to coincide with the designation by the United Nations General Assembly of 2014 as the International Year of Small Island Developing States


The International Year of Small Island Developing States will celebrate the contributions that this group of countries has made to the world. Small island developing states are home to vibrant and distinct cultures, diversity and heritage.Read more here




The Kluane/Wrangell-St. Elias/Glacier Bay/Tatshenshini-Alsek national parks and protected areas along the boundary of Canada and the United States of America are the largest non-polar icefield in the world and contain examples of some of the world’s longest and most spectacular glaciers. Characterized by high mountains, icefields and glaciers, the property transitions from northern interior to coastal biogeoclimatic zones, resulting in high biodiversity with plant and animal communities ranging from marine, coastal forest, montane, sub-alpine and alpine tundra, all in various successional stages. The Tatshenshini and Alsek river valleys are pivotal because they allow ice-free linkages from coast to interior for plant and animal migration. The parks demonstrate some of the best examples of glaciation and modification of landscape by glacial action in a region still tectonically active, spectacularly beautiful, and where natural processes prevail.


Sea otters | Glacier Bay

Sea otters, like this one, from #WorldHeritage Glacier Bay have more hair than any other mammal - up to 1 million hairs per square inch. Humans only have about 20.000 on the entire head. 

Sea otters are a threatened species, and like over half of the world's marine species, risk becoming extinct by 2100. Biodiversity is vital for the health of our planet & our societies. 

Visit World Heritage Marine Program (UNESCO) and The Kluane/Wrangell-St. Elias/Glacier Bay/Tatshenshini-Alsek

These parks comprise an impressive complex of glaciers and high peaks on both sides of the border between Canada (Yukon Territory and British Columbia) and the United States (Alaska). The spectacular natural landscapes are home to many grizzly bears, caribou and Dall's sheep. The site contains the largest non-polar icefield in the world.

Considerando a grande importância da biodiversidade, é imperativo perservá-la cada vez mais.

Feliz Dia da Biodiversidade !
Happy International Day for Biological Diversity !

Geração 'explorer'


22.05.2014


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Sunday, May 18, 2014

Glaciar da Antárctida : perda irreversível



Thwaites Glacier
foto: NASA

Um novo estudo conduzido por pesquisadores da NASA mostra que glaciares na camada de gelo da Antárctida Ocidental estão em declínio irreversível. A sua fusão, alastrando gigantes gelados, afectará os níveis globais do mar nos próximos séculos.


 Mapa da Antarctica mostra Amundsen Sea
http://www.nasa.gov/


O colapso catastrófico do maciço de gelo da Antárctida Ocidental está em andamento, disseram no dia 12 de Maio investigadores. 

Os maiores glaciares no oeste da Antárctida estão a derreter sem qualquer forma de se poder conter a perda, afirmam dois estudos independentes.

O degelo imparável é o início provável de um efeito dominó há muito temido, que poderá causar o degelo de toda a camada de gelo, ou a não diminuição quer as emissões de gases de efeito estufa diminuam ou não.





"A diminuição dos glaciares manter-se-á durante décadas e até séculos e nós não podemos pará-lo", disse o principal autor do estudo, Eric Rignot, glaciologista da Universidade da Califórnia, e do Jet Propulsion Laboratory, da NASA.

"Um amplo sector do manto de gelo da Antárctida Ocidental passou o ponto de não retorno".

Eric Rignot

O maciço gelado da Antárctida ocidental detém 10 por cento do gelo da Antártida. Os glaciares aqui ficam com a sua base abaixo do nível do mar, derretendo de forma 
preocupante desde os anos 1970.

Os cientistas da NASA afirmaram durante uma teleconferência transmitida via online, nesse dia 12 Maio, que se tinham reunido observações suficientes para concluir que o recuo do gelo no mar do sector Amundsen da Antártida Ocidental se tornou imparável, com consequências importantes.  Isto significa que o nível do mar vai subir um metro em todo o mundo. 

Além do mais, o seu desaparecimento, provavelmente, desencadeará o colapso do resto da camada de gelo da Antárctida Ocidental, que trará um umento do nível do mar de três e cinco metros. Tal evento irá deslocar milhões de pessoas em todo o mundo. 

Podem ver a animação feita pela NASA no video abaixo:




Dois séculos - se isso é o tempo previsto - pode parecer muito tempo, mas não há nenhum botão vermelho para parar este processo. Reverter o sistema climático ao que era na década de 1970 parece improvável; mal podemos controlar as emissões que triplicaram desde o protocolo de Kyoto, e que foi projectado para atingir as metas de redução. 

Retardar o aquecimento global continua a ser uma boa ideia, no entanto o sistema da Antárctida, levará mais tempo para chegar a este ponto. 

A extensão do mar Amundsen é quase tão grande como a França. Seis galciares drenam-no. Os dois maiores são o glaciar Pine Island (30km de largura) e o glaciar Thwaites (100km de largura). Eles se estender por 500 km.

Imbatível o aquecimento climático de diversos graus durante o próximo século é provável que acele o colapso da Antártida Ocidental. Mas também pode desencadear a retirada irreversível de sectores baseados em marinhas da Antárctida Oriental. Se devemos fazer algo sobre isso, é uma questão de bom senso. E o momento de agir é agora: a Antártida não espera por nós.

O Dia do Planeta 2013 alertava já para as alterações climáticas. Igualmente na nossa postagem Alterações do glaciar  Ngozumpa (2012) se falava neste perigo para todo o ambiente.



Ross Island, Antarctica
foto: Michael Studinger/EPA
Nasa ice-monitoring team
http://static.guim.co.uk/

The West Antarctic Ice Sheet is one of the keys to global sea level rise. Running up against the Amundsen Sea, it contains an estimated 527,808 cu. miles (2.2 million cu. km) of ice, about 10% of Antarctica’s total land ice volume. That’s enough ice to raise global sea level by more than 15 ft. (4.6 m) were it all to melt, collapse and flow into the ocean, which in turn would swamp coastal cities as far inland as Washington, D.C. And according to new research, that’s exactly what’s beginning to happen.




Researchers from the University of California, Irvine, and NASA’s Jet Propulsion Laboratory have found that the group of six glaciers on the ice sheet directly draining into the Amundsen Sea are rapidly melting, as warming ocean water eats away at the base of the ice shelf. That’s making the ice around the West Antarctic Ice Sheet increasingly unstable—and the researchers could find no clear geographical obstacle that would slow down the retreat of the glaciers. Essentially, that means these glaciers—which collectively hold enough ice to boost sea levels by 4 ft (1.2 m)—”have passed the point of no return,” Eric Rignot, a glaciologist with UC-Irvine and NASA and the lead author on the paper, said in a statement. “The retreat of this ice seems to be unstoppable.” Read more here



Credits : video ScienceAtNASA

The new study led by NASA researchers shows that half-a-dozen key glaciers in the West Antarctic Ice Sheet are in irreversible decline. The melting of these sprawling icy giants will affect global sea levels in the centuries ahead.

Watch the images and videos on NASA website 

Earth Day 2013's theme was "The Face of Climate Change" to highlight growing impact on individuals through interactive digital campaign.

The same theme on our post The Nepalese Himalayas have been warming significantly more than the global mean temperature in recent decades. 

Let's end this acceleration glacier mass loss! Showing our "face od climate chage".

Tudo isto nos assusta e faz pensar como é possível que os países industrialisados insistam nas suas políticas que vão contra o meio ambiente e aumentam o aquecimento global.

Geração 'explorer'


18.05.2014

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Referências:

Credits : videos | Photography NASA

Ciência Online

Tme ! Environment


Monday, May 5, 2014

Paisagem pré-histórica sob gelo na Gronelândia




Photo : Paul Bierman | University of Vermont

Cientistas da Universidade de Vermont, (Estados Unidos) foram surpreendidos com a descoberta de vestígios de uma paisagem pré-histórica por baixo da camada de gelo com 3.200 metros de profundidade, da Gronelândia.


“Encontrámos solo orgânico que se manteve preservado por baixo da camada de gelo durante 2.7 milhões de anos”, conta o geólogo Paul Bierman, da Universidade de Vermont, em comunicado de imprensa.

Esta descoberta indica que a camada de gelo da Gronelândia poderá existir há muito mais tempo do que se pensava, tendo ‘sobrevivido’ a diversos períodos de aquecimento global. A descoberta foi divulgada este mês no journalScience.

A Gronelândia é um local de grande interesse científico e ambiental uma vez que a sua camada de gelo (a segunda maior do mundo depois da Antártica) poderá influenciar, em caso de aquecimento, a subida do nível do mar.


Photo : Paul Bierman | University of Vermont

De acordo com os dados analisados, este solo enterrado por baixo da Gronelândia terá estado exposto algures entre 200.000 e um milhão de anos antes da camada de gelo se ter formado.

Além do berílio, a equipa mediu o nitrogénio e o carbono que teriam sido deixados pela flora da tundra pré-histórica, sendo que encontraram vários vestígios de material orgânico cuja composição sugere a presença de uma zona florestada.

“A Gronelândia (em inglês ‘Greenland’, que significa ‘terra verde’) era realmente verde! Contudo, essa paisagem existiu há milhões de anos atrás”, diz um outro membro da equipa, Dylan Rood. “A Gronelândia seria semelhante à zona verde do Alasca, antes de ter sido coberta pela camada de gelo”, conclui. Ler mais aqui


Photo : Joshua Brown | University of Vermont

Glaciers are commonly thought to work like a belt sander. As they move over the land they scrape off everything — vegetation, soil, and even the top layer of bedrock. So scientists were greatly surprised to discover an ancient tundra landscape preserved under the Greenland Ice Sheet, below two miles of ice.


“We found organic soil that has been frozen to the bottom of the ice sheet for 2.7 million years,” said University of Vermont geologist Paul Bierman — providing strong evidence that the Greenland Ice Sheet has persisted much longer than previously known, enduring through many past periods of global warming.

He led an international team of scientists that reported their discovery on April 17 in the journalScience. Read more here

Geração 'explorer'

05.05.2014

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