Showing posts with label polar science. Show all posts
Showing posts with label polar science. Show all posts

Thursday, January 14, 2021

Árctico : Encontradas partículas de plástico : investigação científica !




Arctic sea

créditos:  Natalie Thomas/Reuters

via The Guardian/ Environment


A pegada humana faz-se sentir já em todo o Planeta. E o plástico chegou a todas as zonas do mundo, inclusive as mais remotas. 

É o caso da Fossa das Marianas (Oceano Pacífico), no alto do Monte Everest, e agora, também do Oceano Ártico.





Fossa das Marianas/ Oceano Pacífico
via Jornal da Ciência

Uma investigação coordenada pela Ocean Wise Conservation Association, no Canadá, analisou amostras entre 3 a 8 metros abaixo da superfície, no Mar de Beaufort.

Foi detetada uma grande presença de fibras sintéticas (92%), sendo que a maioria era de poliéster (73%), que por norma é proveniente de roupas. A quantidade correspondente a artes de pesca foi ainda assim reduzida, correspondendo apenas a 8,3% a nylon e 3,3% a polipropileno.

Os cientistas encontraram fibras plásticas no Pólo Norte. Com o plástico recentemente descoberto no ponto mais profundo da Terra, a Fossa das Marianas, e no pico do Monte Everest, fica claro que o lixo da humanidade poluiu todo o planeta. O plástico é conhecido por ferir ou causar a morte de animais marinhos que o confundem com comida. Lembram-se da postagem sobre microplásticos encontrados nos pinguins da Antárctida?

As pessoas também consomem microplásticos via alimentos, água e o ar que respiram, embora o impacto na saúde ainda não seja conhecido.




credits: Nature Communications
Article number: 106 (2021)

https://www.nature.com/articles/

Os resultados indicam que muitas das águas residuais contêm uma grande quantidade de microfibras provenientes das lavagens de roupa. Estima-se que “uma única peça de vestuário pode libertar milhões de fibras durante uma lavagem de roupa doméstica”.


Por sua vez, “uma grande estação de tratamento de águas residuais pode libertar até 21 mil milhões de microfibras no ambiente”, explicam no artigo.


Se estás interessado, como estudante de Ciência, lê o artigo científico 




Arctic microplastic pollution

credits: Ocean Wise

https://www.aquablog.ca/2021/


The Arctic is “pervasively” polluted by microplastic fibres that most likely come from the washing of synthetic clothes by people in Europe and North America, research has found.

Synthetic fibers make up approximately 92% of microplastic pollution found in near-surface seawater samples from across the Arctic Ocean. And about 73% of those fibers are polyester and resemble fibers used in clothing and textiles.




credits: Nature Communications

Article number: 106 (2021)


The researchers found plastic fibres at the north pole. With plastic recently discovered at the deepest point on Earth, the Mariana Trench, and the peak of Mount Everest, it is clear humanity’s litter has polluted the entire planet. 

It is known to injure wildlife that mistake it for food. People also consume microplastics via food and water, and breathe them in, although the health impact is not yet known.

These findings, and others, are detailed in a scientific paper from Ocean Wise, published today in the prestigious international scientific journal Nature Communications:




credits: Ocean Wise

https://www.aquablog.ca/2021/


"Our near-surface microplastic counts from sites across the Arctic fall into of those reported recently from Hudson Baye and Eastern Arctic but are higher than those measured in the polar waters of sountheast of Svalbard, Norway".

Nature Communications, Abstract


If you are interested as Science students Read the entire communication.

14.01-2021



sources: Greensavers/ Nature Communications/ Ocean Wise


Tuesday, April 9, 2019

Antárctida : Plataforma Brunt prestes a desprender-se





Brunt Ice Shelf

Cientistas acreditam que dentro de dois meses poderá existir um novo icebergue com uma área de 1 500 quilómetros quadrados e uma espessura entre os 150 e 250 metros. No entanto, nada indica que este fenómeno seja consequência das alterações climáticas

Sabe que 1 200 quilómteros quadrados são quase o equivalente à área da cidade de Nova Iorque. É essa a dimensão do icebergue que está prestes a soltar-se da Antárctida. O desprendimento deste enorme bloco de gelo já é controlada há alguns anos, mas os cientistas alertam agora que entrou “na fase final”.






O futuro icebergue (ainda não o é porque ainda está agarrado à Antárctida), conhecido como Brunt Ice Shelf, vai ter uma dimensão de 1 500 Km2 e uma espessura que pode variar entre os 150 e os 250 metros. 

A primeira fissura surgiu há 35 anos e, em 2012, voltou a dar sinais de movimento. Desde então, tem aumentado continuamente. Há três anos, apareceu mais uma. Quando ambas se encontrarem em determinado ponto, o mais provável é que a tal separação aconteça.





credits: NASA

"O que muitas pessoas não percebem é que este é um processo natural que acontece várias vezes. Reconhecemos que o impacto das alterações climáticas é um problema bastante grave e com consequências em todo o mundo, sobretudo na Antárctida. No entanto, não há qualquer indicação nas nossas investigações de que este acontecimento em particular esteja relacionado de alguma forma com as alterações climáticas” 

Hilmar Gudmundsson, cientista “New Atlas”.

Os cientistas Jan De Rydt e Hilmar Gudmundsson passaram anos estudando o local e afirmam que o desprendimento será resultado de um processo de erosão natural.

A separação, estimam, deve acontecer dentro de dois meses. Segundo os investigadores, não é expectável que este acontecimento provoque a subida do nível das águas, uma vez que o bloco gigante de gelo já flutua no oceano e, devido ao peso, já afasta a mesma quantidade de água do que aquela que irá acrescentar ao mar quando começar a derreter.





An overview of the Brunt Ice Shelf, showing the Halloween Crack, the McDonald Ice Rumples, 
the two sites of the Halley Research Station, and the two Chasms
credits: British Antarctic Survey

Cracks growing across Antarctica’s Brunt Ice Shelf are poised to release an iceberg with an area about twice the size of New York City. It is not yet clear how the remaining ice shelf will respond following the break, posing an uncertain future for scientific infrastructure and a human presence on the shelf that was first established in 1955.






The huge iceberg is set to soon break off from the Brunt Ice Shelf in Antarctica. With two large cracks due to meet within the next few months, a research station has already been relocated as scientists watch the rifting event enter its "final phase."

The soon-to-be-born iceberg would measure more than 1,500 sq km (580 sq mi), and is between 150 and 250 m (492 and 820 ft) thick. Researchers have been watching the Brunt Ice Shelf carefully since 2012, when a crack that had sat dormant for 35 years suddenly showed signs of movement again. Chasm 1, as it's known, has grown steadily over the last seven years.





Jan De Rydt/Northumbria Uiniversity
British Antarctic Survey
via Popular Mechanics

"What many people do not realize is that this is a natural process and something which has happened time and again," says Hilmar Gudmundsson, an author of a study examining the calving event. "We recognize that climate change is a serious problem which is having an impact around the world, and particularly in the Antarctic. However, there is no indication from our research that this particular event is related to climate change." Read more here


Geração Polar

09.04.2019

Licença Creative Commons

References:

credits: videos Northumbria University/ British Antarctic Survey

Expresso/ Ciência | New Atlas/ Environment

NASA Earth Observatory

Sunday, September 30, 2018

Mapa da Antárctida à lupa ? Sim, agora é possível !




credits: National Geospatial-Intelligence Agency

Podemos agora visitar a Antárctida através de um mapa muito detalhado. Sim, agora podemos ver este continente longínquo à lupa. 

Uma equipa de cientistas anunciou que foi feito o mapa mais detalhado da superfície continente Antárctida. Chama-se Modelo Referencial de Altitude da Antárctida (Reference Elevation Model of Antarctica – REMA) e pode ser importante para entendermos melhor as perdas de gelo.






credits: National Geospatial-Intelligence Agency

Para conceber o mapa, os cientistas usaram dados de vários satélites que orbitam a Terra. Esses dados foram fornecidos pela National Geospatial-Intelligence Agency, que faz parte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. 

Ao todo, a equipa usou 187.585 imagens compiladas ao longo de seis anos. E como as imagens eram muito pormenorizadas, os cientistas tiveram de reunir os dados em supercomputadores muito potentes.




credits: National Geospatial-Intelligence Agency

A high resolution terrain map of Earth’s frozen continent will help researchers better track changes on the ice as the planet warms.

You may never make it to the South Pole, but you can now see Antarctica and its glaciers in unprecedented detail.
Researchers in September 7, 2018 announced the release of a new high resolution terrain map of the southernmost continent, called the Reference Elevation Model of Antarctica, or REMA, which they say makes Antarctica the best mapped continent on Earth.


credits: National Geospatial-Intelligence Agency


The team used 187,585 images collected over six years to create the map.
“Until now, we’ve had a better map of Mars than we’ve had of Antarctica,” 
Dr. Howat.

credits: National Geospatial-Intelligence Agency

The pictures are so detailed they had to use one of the most powerful supercomputers on Earth to ingest the data. Having access to this amount of information will allow researchers to better monitor the effects of climate change on the ice.

Antarctica is the most desolate and inhospitable place on Earth and its remoteness makes monitoring changes in the fluctuations of ice and water levels difficult. 

Because of the warming climate, seasonal changes at Antarctica are becoming more severe, making the need to understand the loss of ice even more important. Read more here 

Geração 'explorer'

30.09.2018
Licença Creative Commons
sources: The New York Times/ Science
Público/ Geografia

Thursday, July 13, 2017

E o que se previa, aconteceu : Icebergue A68






credits: Sentinel-1 SAR imagery | Captured May 31/
Photo by John Sonntag | Captured Nov. 10


Um icebergue com quase seis mil quilómetros quadrados, com cerca de um bilião de toneladas, um dos maiores já observados, formou-se, depois de se soltar da plataforma continental da Antárctida, ficando à deriva no Oceano Antártico, disseram investigadores da Universidade de Swansea (Reino Unido).

"A formação produziu-se entre segunda e quarta-feira", indicaram os especialistas, que monitorizam a evolução deste bloco de gelo gigantesco.

O bloco, com 600 quilómetros quadrados, separou-se da plataforma de gelo Larsen C, da Antártida Ocidental, a sul do continente americano.





créditos: Getty Images


É uma plataforma com 350 metros de espessura que já estava prestes a desprender-se há vários meses. No mês passado, quando a plataforma já estava presa ao continente por apenas 20 quilómetros de gelo, os cientistas já alertaram para o perigo de brevemento esse desprendimento se dar.

Era pois uma separação esperada pelos cientistas, que há mais de dez anos seguiam uma grande fenda, cujo aumento se acelerou a partir de 2014.

A massa de gelo, com 200 metros de espessura, não deverá mover-se para longe nem muito depressa, mas deverá continuar a ser monitorizada.

Correntes e ventos podem eventualmente empurrar o icebergue para norte do Antárctico, o que pode vir a causar dificuldades à navegação. 

É provável também é provável que o novo icebergue se separe em breve em blocos de gelo mais pequenos.

Em Maio último já se tentava dimensionar o tamanho deste icebergue monstruoso, que agora se foi denominado A68.

Afirmam que é 300 vezes maior do que aquele que provocou o naufrágio do Titanic. Apesar de ter apenas metade do tamanho do icebergue B-15, que se separou da plataforma de gelo Ross em 2000, este é passou a ser um dos dez maiores icebergues do planeta Terra.





credits: Sentinel-1 SAR imagery

Segundo a Agência Espacial Europeia (AEE) e o cientista Noel Gourmelen, da Universidade de Edimbourg, o icebergue tem 1.155 quilómetros cúbicos de gelo, equivalente à água necessária para encher 462 milhões de piscinas olímpicas

No entanto, o desprendimento do icebergue não vai ter um efeito significativo no aumento do nível da água do mar. Segundo as explicações de Anna Hogg, especialista em observações de glaciares através de satélite, o facto de este icebergue estar agora 'à deriva é semelhante a colocar um cubo de gelo dentro de um gin'. 

Apesar de significativo para os cientistas, e assutador para todos nós, este icebergue não preocupa assim tanto os investigadores. Afrimam que não há indícios de que isto signifique que a plataforma Larsen se esteja a desintegrar, muito menos de que esta fenda em si tenha sido provocada pelos efeitos das alterações climáticas. Significa sim que a plataforma está mais instável.





credits: Midas Project

A chunk of floating ice that weighs more than a trillion metric tons broke away from the Antarctic Peninsula, producing one of the largest icebergs ever recorded and providing a glimpse of how the Antarctic ice sheet might ultimately start to fall apart.

A crack more than 120 miles long had developed over several years in a floating ice shelf called Larsen C, and scientists who have been monitoring it confirmed on Wednesday that the huge iceberg had finally broken free. See NASA Blue Marble imagery here.





The event fundamentally changes the landscape of the Antarctic Peninsula, according to Project Midas, a research team from Swansea University and Aberystwyth University in Britain that had been monitoring the rift since 2014.


“The remaining shelf will be at its smallest ever known size,” said Adrian Luckman, a lead researcher for Project Midas. “This is a big change. Maps will need to be redrawn.”

Read the entire information here


Geração 'explorer'

12.07.2017

Creative Commons License

Sources:

credits: video The Guardian/ Antarctida

Observador/ Antárctida
The New York Times/ Climate

Thursday, January 12, 2017

Antárctida : Icebergue gigante em perigo de se desprender






credits: NASA/ Swansea UNiversity

Um icebergue com cerca de cinco mil quilómetros quadrados, considerado um dos dez maiores jamais registados, está perto de se desprender da Antárctida, alertam cientistas da Universidade de Swansea, País de Gales, Reino Unido.

Uma fenda enorme no segmento Larsen C, uma das três existentes na barreira de gelo Larsen, aumentou rapidamente no mês de dezembro e, neste momento, o icebergue está preso à plataforma por apenas 20 quilómetros de gelo.




O Larsen C, de 350 metros de espessura, está localizado na costa oriental da península antárctica e ajuda a travar o fluxo dos glaciares – rios de gelo – que estão por detrás. 

Trata-se da maior plataforma de gelo no norte da Antárctida. As plataformas de gelo são as porções da Antártida em que a camada de gelo está sobre o oceano e não sobre o solo. Segundo os especialistas, trata-se de um pedaço de gelo cuja extensão equivaleria a um quarto do território do País de Gales, pelo que o seu desprendimento poderia provocar outros no futuro.




Midas Project Swansea University


Há vários anos que os investigadores vêm observando a fenda no Larsen C. E atenção redobrou após o colapso do Larsen A – o segmento mais pequeno – em 1995 e do Larsen B, que se desintegrou quase totalmente em 2002. 

“Se [o icebergue do Larsen C] não se desprender nos próximos meses, ficarei espantado”.

Professor Adrian Luckman, Swansea University/BBC

Segundo explicou, os cientistas observaram o aumento da fenda através de imagens do satélite Esa Sentinel. Luckman sublinhou ainda tratar-se de um fenómeno geográfico e não climático, uma vez que a fenda existe há décadas. No entanto, aprofundou-se agora.



Larsen map

Mas que consequências pode ter o desprendimento e a desintegração do Larsen C? Sabemos que o nível médio da água do mar não aumentaria: como este gelo já flutua na água, então o volume que ocupa continuaria a ser o mesmo. O problema é que plataformas como Larsen C funcionam como contraforte que “seguram” os glaciares que flutuam em direção à costa. Quando Larsen A e Larsen B se desprenderam – o primeiro em 1995 e o segundo em 2002 -, a velocidade dos glaciares que eles seguravam aumentou e entraram mar dentro, contribuindo para o aumento do nível médio da água do mar.



Researchers have been tracking the rift in Larsen C for many years, following the collapse of the Larsen A ice shelf in 1995 and the sudden break-up of the Larsen B shelf in 2002
Last year, researchers from the UK's Project Midas reported that the Larsen C rift was growing fast.
But last December the speed of the rift went into overdrive, growing by a further 18km in just a couple of weeks. What will become a massive iceberg now hangs on to the shelf by a thread just 20km long.


Professor Adrian Luckman, Swansea University
credits: P. W.

Project leader, Professor Adrian Luckman, said: "If it doesn't go in the next few months, I'll be amazed.
"There hasn't been enough cloud-free Landsat images but we've managed to combine a pair of Esa Sentinel-1 radar images to notice this extension, and it's so close to calving that I think it's inevitable."
According to Professor Luckman, the area that will break off will be about 5,000 sq km, a size he said that would put the iceberg among the top ten biggest ever recorded.
Professor Luckman added that this is a geographical and not a climate event. Although it is believed that climate warming has brought forward the likely separation of the iceberg.


Ted Scambos & Michon Scott
National Snow and Ice Data Center

They are concerned, though, about how any break-off will impact the rest of the ice shelf, given that its neighbour, Larsen B, disintegrated spectacularly in 2002 following a similar large calving event.


"We are convinced, although others are not, that the remaining ice shelf will be less stable than the present one," said Professor Luckman.
"We would expect in the ensuing months to years further calving events, and maybe an eventual collapse - but it's a very hard thing to predict, and our models say it will be less stable; not that it will immediately collapse or anything like that." Read more here
Geração 'explorer'
11.01.2017

Creative Commons License

References:

Swansea University

Observador/ Ciência