Photo: Dr. Andrew Derocher, edmontonjournal.com
Um estudo publicado na revista "Nature" mostra que é possível salvar os ursos polares cortando nas emissões de CO2.
Se as emissões de gases com efeito de estufa forem reduzidas nos próximos 20 anos, as grandes extensões de gelo do Pólo Norte, que são o habitat destes animais, têm grandes hipóteses de não desaparecer do mapa.
A equipa da Geological Survey dos Estados Unidos que participa neste estudo, alertou em 2007 que até 2050, dois terços dos ursos polares poderiam desaparecer devido ao acelerado degelo.
Foi perante esta análise que, em 2008, a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais decidiu classificar o urso polar (Ursus maritimus) como espécie ameaçada, devido às alterações climáticas.
Nas regiões do Árctico dos Estados Unidos, Gronelândia, Canadá, Noruega e Rússia entre 20 mil e 25 mil ursos polares e o degelo é uma realidade.
O urso polar depende do gelo para caçar focas. Só que, com as alterações climáticas - no Árctico a subida da temperatura média é duas vezes superior à da média mundial - o gelo oceânico no Árctico está a diminuir, e a derreter mais cedo na Primavera e a regressar mais tarde no Outono.
Os cientistas voltaram a avaliar a situação e no estudo publicado, esta quinta-feira, decidiram levantar outra questão: e se as emissões de gases forem reduzidas? Nesse caso, o degelo pode ainda ser travado para preservar o habitat dos ursos.
A nova análise mostra que se houver nos próximos 20 anos uma redução de emissões, o actual ritmo de degelo pode ser travado.
Nature Magazine vol.468
Cover: Daniel J. Cox/NaturalExposures.com
Polar bears live only in marine regions of the Northern Hemisphere where sea-ice cover persists for long enough to allow them sufficient opportunity to access their marine mammal prey.
Recent declines in summer Arctic sea ice have coincided with declines in some polar bear populations, and a US Geological Survey report in 2007 projected that with 'business as usual' emissions, polar bears could be extinct throughout their range by the end of the century.
Some observers have suggested that summer Arctic sea ice might already have crossed a tipping point from beyond which habitats might not recover. But a new analysis suggests that it is not too late to save the polar bear.
The rapid summer ice losses seen of late may represent increased volatility of a thinning sea-ice cover, rather than a tipping point. Greenhouse-gas mitigation could yet halt sea-ice loss and preserve the Arctic ecosystem.
The cover shows a bear working its way through an area of marginal ice near the Svalbard Archipelago in the summer of 2009.
Geração 'explorer'
16.12.10