O Relatório da OMM relativo a 2022, divulgado dia 21 Abril, revela que os glaciares estão a derreter a um ritmo dramático. Vários indicadores de alterações climáticas voltaram a atingir níveis recorde.
O relatório da Organização Meteorológica Mundial, OMM, alerta que os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados. Além disso, o aumento do nível do mar e o aquecimento dos oceanos atingiram novos recordes.
No documento publicado nesta sexta-feira, a agência da ONU aponta que o agravamento da mudança climática trouxe mais secas, inundações e ondas de calor em diversos lugares do mundo. As consequências são ameaçadoras para vida e para os meios de subsistência.
De acordo com o Serviço de Mudança Climática Copernicus, C3S, a onda de calor ocorreu também no Mar da Antárctida com o nível de gelo marinho sendo o mais baixo desde o início dos registros.
A OMM, um organismo da ONU, precisa que “o gelo marinho antárctico está no nível mais baixo de sempre e alguns glaciares europeus estão literalmente a derreter a uma velocidade recorde”.
“Os glaciares enfrentam um risco cada vez maior, porque a concentração de dióxido carbono (CO2) já é muito elevada e é provável que a subida do nível do mar continue durante milhares de anos”,
Petteri Taalas, Secretário-Geral da OMM/ AFP
O degelo não pode ser parado “a menos que seja criada uma forma de remover o CO2 da atmosfera”, acrescentou.
De acordo com a OMM, os glaciares de referência, aqueles que são alvo de observações a longo prazo, registaram uma mudança média de espessura superior a -1,3 metros entre Outubro 2021 e Outubro 2022, correspondendo a uma perda muito superior à média da última década.
Os glaciares dos Alpes europeus sofreram um degelo recorde devido à combinação da existência de pouca neve no inverno, à chegada de poeiras do Saara em Março de 2022 e às ondas de calor registadas entre Maio e inicio de Setembro, destaca o relatório.
Estes glaciares perderam 6% do seu volume de gelo entre 2021 e 2022, em comparação com um terço verificado entre 2001 e 2022.
Ainda há poucos dias vimos a tragédia que se abateu nos Alpes Franceses, logo seguida da tragédia nos Alpes Suiços.
O relatório anual confirma que a temperatura média global em 2022 foi 1,15°C mais elevada do que na época pré-industrial (1850-1900) e que os últimos oito anos foram os mais quentes de que há registo, apesar do arrefecimento causado pelo fenómeno climático El Niño durante três anos seguidos.
Este relatório confirma também que o ano passado foi marcado na Europa por ondas de calor no verão, às quais, recorda a OMM, foram associadas a 4.600 mortes em Espanha, 4.500 na Alemanha, 2.800 no Reino Unido, 2.800 em França e 1.000 em Portugal.
Portugal foi um dos muitos países que registaram em 2022 o seu ano mais quente. Outros países foram Espanha, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Suíça, Irlanda, e Bélgica.
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A organização sediada em Genebra observou ainda que o nível do mar está a subir a um ritmo acelerado, de 2,27 milímetros por ano na década 1993-2002, para 4,62 milímetros por ano no período 2013-2022.
Outro problema nos oceanos resultante das alterações climáticas, a acidificação por dióxido de carbono absorvido pela água, fez com que o pH da superfície do oceano aberto atingisse o seu nível mais baixo em 26.000 anos, o que pode ter consequências graves para a vida marinha, adverte a OMM.
Este trabalho do Copernicus revela que as temperaturas na Europa estão a subir duas vezes mais que a média global e este aumento é mais rápido do que em qualquer outro continente, segundo hoje divulgado.
Para celebrar o Dia da Terra/ Earth Day dia 22 Abril, visita a minha postagem Earth Day 2023. Get Inspired ! onde encontrarás, actividades e dicas para os estudantes.
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The European Alps smashed records for glacier melt due to a combination of little winter snow, an intrusion of Saharan dust in March 2022 and heatwaves between May and early September.
In Switzerland, 6% of the glacier ice volume was lost between 2021 and 2022 – and one third between 2001 and 2022.For the first time in history, no snow survived the summer melt season even at the very highest measurement sites and thus no accumulation of fresh ice occurred. A Swiss weather balloon recorded 0 C at a height of 5 184 m on 25 July, the highest recorded zero-degree line in the 69-year record and only the second time that the height of the zero-degree line had exceeded 5 000 m (16 404 feet). New record temperatures were reported from the summit of Mont Blanc.
According to the IPCC, globally the glaciers lost more than 6000 Gt of ice over the period 1993-2019. This represents an equivalent water volume of 75 lakes the size of Lac Leman (also known as Lake Geneva), the largest lake in Western Europe. Read more here
A day before of the world event Earth Day, the WMO survey echoes the call of UN Secretary-General António Guterres for “deeper and faster emission cuts to limit global temperature rise to 1.5 degrees Celsius”.
We participate at Earth Day since 2007. We are a new generation who was informed by our teacher in Civics lessons about environment, ecological habits and so much more. Here we are again!
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Geração 'polar'
21-04.2023
sources: UN News/ WMO annual report 2022 (excerpts)