Showing posts with label alterações climáticas dramáticas. Show all posts
Showing posts with label alterações climáticas dramáticas. Show all posts

Monday, October 28, 2024

Estação de esqui nos Alpes Franceses : Encerramento definitivo devido às alterações climáticas !




 La station de ski Le Grand Puy 

créditos: (c) Seyne-les-Alpes Tourisme

via Nos Alpes

Uma estação de esqui nos Alpes Franceses vai fechar definitivamente devido à ausência de neve, bem como aos prejuízos económicos associados, decidiram no 6 de Outubro, os habitantes de Seyne-les-Alpes, no sudoeste da França.

As alterações climáticas foram decisivas para este encerramento da estação de esqui Grand Puy, administrada pela cidade, e composta por 24 quilómetros de pistas localizadas entre 1.370 e 1.800 metros de altitude.

Num referendo municipal, 71,31% dos eleitores apoiaram a proposta do Autarca no sentido de fechar a estação, que acumulava centenas de milhares de euros em prejuízos anuais, e de "diversificar as actividades".

O município pretende oferecer agora novas actividades aos seus visitantes, "actividades desportivas e de natureza que respeitem o meio ambiente", explicou o seu presidente, Laurent Pascal.

Entre as propostas, que serão realizadas em articulação com a população, segundo a Autarquia, estão a conversão de um reservatório de uma colina em lago para pescar e a construção de um centro de treinos.




créditos: © Heinz Waldukat
Fotolia.com

A cidade de Seyne-les-Alpes ganhou atenção internacional em Março de 2015, quando um avião da companhia aérea Germanwings caiu na sua região dos Alpes. Todas as 150 pessoas a bordo morreram.

Embora a França se prepare para receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno nos Alpes em 2030, esta não é a única estação de esqui nesta cordilheira em vias de fechar.

No domingo, a comunidade de municípios de Matheysine também concordou em acabar com os subsídios à estação Alpe du Grand Serre, que fechará após 85 anos de funcionamento.




Alpe du Grand Serre
créditos: Tiphaine_Buccino/iStockphoto/Getty Images
via CNN Alpes, France

Desde a década de 70, mais de 180 estações foram fechadas, a maioria microestações familiares ou comunitárias não lucrativas localizadas em áreas de meia montanha, segundo Pierre-Alexandre Metral, doutorando na Universidade de Grenoble.




La carte des pistes 
(c) Seyne-les-Alpes Tourisme
via Nos ALPES


O aquecimento do planeta, que torna a neve mais incerta, também complicou a situação das estações turísticas desde a década de 2000. Leia em francês aqui



 
credits: F. Scheiber/SIPA


A large French alpine ski resort faced with declining snowfalls is to close after it failed to find funds to turn its pistes into year-round attractions.

The Alpe du Grand Serre ski station in southeastern France’s Isère region will not reopen this year after a vote by its local council to halt funding for plans to end reliance on winter sports, the council’s president told radio station France Bleu. Read more here


Geração 'polar'

28.10.2024



Sources: GreenSavers/ Nos Alpes Tourisme & Sport/ CNN Travel


Friday, June 28, 2024

Monte Everest : O degelo reaviva vítimas do um sonho !

 




credit: Prakash MATHEMA


Nas encostas sagradas do Everest, as alterações climáticas estão a reduzir a neve e o gelo, expondo cada vez mais corpos de alpinistas que morreram na tentativa de alcançar o cume da montanha mais alta do mundo. Uma equipa tem a difícil e dolorosa missão de resgatar os restos mortais das vítimas que pereceram ao tentar escalar o Mont Everest.

Desde 1920, mais de 300 alpinistas ficaram para sempre no Mont Everest. Só este ano, já morreram oito.





Banshi Lai

Alpinista indiano morre no Mont Everest


O último, foi em 28 Maio deste ano. Um alpinista indiano morreu apesar de ter sido resgatado. Banshi Lai, indiano de 46 anos, foi retirado do cume do Everest uma semana antes, mas "morreu no hospital" em Katmandu," disse à AFP Rakesh Gurung, do Departamento de Turismo do Nepal.

O Departamento de Turismo do Nepal anunciou na semana anterior, a morte de outros dois alpinistas, um queniano e um nepalês, também no Everest, a 8.849 metros de altitude.




credit: REUTERS


Na semana anterior, dois montanhistas mongóis, desaparecidos após chegarem ao cume, também foram encontrados mortos. 

Mais de 600 montanhistas, estrangeiros e nepaleses, chegaram ao cume do Everest desde Abril.

Todas as mortes relatadas ocorreram a mais de 8.000 metros acima do nível do mar, na chamada 'zona da morte', onde a falta de oxigénio aumenta o risco de o 'mal de altitude' e hipoxemia.






Entre os que escalam o pico mais elevado do Himalaia, este ano, está uma equipa singular, cujo objectivo não é chegar ao cume de 8.849 metros, mas sim, descer restos mortais dos que lá ficaram.

Arriscando a vida, já recuperaram cinco corpos congelados, incluindo um esqueleto, que depois levaram para Katmandu, capital do Nepal. Dois corpos já pré-identificados aguardam "testes detalhados" para confirmar as suas identidades, disse Rakesh Gurung, do Ministério do Turismo do Nepal. Alguns serão cremados.

A missão de limpar o Everest e os picos vizinhos do Lhotse e do Nuptse é difícil, perigosa e macabra.




Montanhistas em fila descendo o Monte Everest, no Nepal 

credit:  Lakpa SHERPA / AFP


"Devido aos efeitos das mudanças climáticas, os corpos e os resíduos tornam-se mais visíveis à medida que a camada de neve diminui", disse à AFP Aditya Karki, comandante do Exército nepalês que lidera uma equipa de 12 soldados e 18 montanhistas.

Mais de 300 pessoas morreram no Everest desde o início das expedições na década de 1920, oito delas nesta última temporada. Muitos corpos ficaram no local, alguns escondidos pela neve ou em fendas profundas.

Outros ainda são visíveis com os seus equipamentos de escalada e tornaram-se pontos de referência para os montanhistas que lhes deram apelidos como "Botas Verdes" ou "Bela Adormecida".


🙏RIP todos os alpinistas que tiveram o sonho de escalar o Mont Everest e cairam.







Everest's sacred slopes, climate change is thinning snow and ice, increasingly exposing the bodies of hundreds of mountaineers who died chasing their dream to summit the world's highest mountain.

Among those scaling the soaring Himalayan mountain this year was a team not aiming for the 8,849-metre (29,032-foot) peak, but risking their own lives to bring some of the corpses down.

Five as yet unnamed frozen bodies were retrieved -- including one that was just skeletal remains -- as part of Nepal's mountain clean-up campaign on Everest and adjoining peaks Lhotse and Nuptse.

It is a grim, tough and dangerous task.

Rescuers took hours to chip away the ice with axes, with the team sometimes using boiling water to release its frozen grip.

"Because of the effects of global warming, (the bodies and trash) are becoming more visible as the snow cover thins," said Aditya Karki, a major in Nepal's army, who led the team of 12 military personnel and 18 climbers.







More than 300 people have perished on the mountain since expeditions started in the 1920s, eight this season alone.

Many bodies remain. Some are hidden by snow or swallowed down deep crevasses.

Others, still in their colourful climbing gear, have become landmarks en route to the summit.

Nicknames include "Green Boots" and "Sleeping Beauty".

- 'Death zone' -

"There is a psychological effect," Karki told AFP.

"People believe that they are entering a divine space when they climb mountains, but if they see dead bodies on the way up, it can have a negative effect."




AFP/Courtesy OF PEMBA DORJE SHERPA

Many are inside the "death zone", where thin air and low oxygen levels raise the risk of altitude sickness.

Climbers must have insurance, but any rescue or recovery mission is fraught with danger.

One body, encased in ice up to its torso, took the climbers 11 hours to free.

The team had to use hot water to loosen it, prising it out with their axes.

"It is extremely difficult," said Tshiring Jangbu Sherpa, who led the body retrieval expedition.

"Getting the body out is one part, bringing it down is another challenge".

Sherpa said some of the bodies still appeared almost as they had at the moment of death -- dressed in full gear, along with their crampons and harnesses.

One seemed untouched, only missing a glove.







The retrieval of corpses at high altitudes is a controversial topic for the climbing community.

It costs thousands of dollars, and up to eight rescuers are needed for each body.

A body can weigh over 100 kilogrammes (220 pounds), and at high altitudes, a person's ability to carry heavy loads is severely affected.

- 'Turn into a graveyard' -

But Karki said the rescue effort was necessary.

"We have to bring them back as much as possible," he said. "If we keep leaving them behind, our mountains will turn into a graveyard."

Bodies are often wrapped in a bag then put on a plastic sled to drag down.

Sherpa said that bringing one body down from close to Lhotse's 8,516 metre peak -- the world's fourth-highest mountain -- had been among the hardest challenges so far.

"The body was frozen with hands and legs spread," he said.

"We had to carry it down to Camp Three as it was, and only then could it be moved to be put in a sled to be dragged."

Rakesh Gurung, from Nepal's tourism department, said two bodies had been preliminarily identified and authorities were awaiting "detailed tests" for the final confirmation.

The retrieved bodies are now in the capital Kathmandu, with those not identified likely to be eventually cremated.

- Missing mountaineers -

Despite the recovery efforts, the mountain still holds its secrets.

The body of George Mallory, the British climber who went missing during a 1924 attempt on the summit, was only found in 1999.

His climbing partner, Andrew Irvine, has never been found - nor has their camera, which could provide evidence of a successful summit that would rewrite mountaineering history.

The clean-up campaign, with a budget of over $600,000, also employed 171 Nepali guides and porters to bring back 11 tonnes of rubbish.

Fluorescent tents, discarded climbing equipment, empty gas canisters and even human excreta litter the well-trodden route to the summit.




        Ohotograph taken on June 12, 2024, workers segregate waste materials retrieved from Mount Everest to recycle in Kathmandu.                     credit: PRAKASH MATHEMA/AFP/GETTY


"The mountains have given us mountaineers so many opportunities," Sherpa said.

"I feel that we have to give back to them, we have to remove the trash and bodies to clean the mountains."

Today, expeditions are under pressure to remove the waste that they create, but historic rubbish remains.

"This year's trash might be brought back by the mountaineers," said Karki. "But who will bring the old ones?"


🙏RIP all climbers who had the dream to  climb the Mount Everest and died for them


Geração 'polar'


27-06.2024



Sources: Sapo/ Yahoo News / CBS News


Friday, April 21, 2023

Dia da Terra 2023 : Glaciares derretem a uma velocidade dramática ! É preciso agir !

 



Mountain range in Engelberg, Switzerland 
credits: Denis Linine from Pexels


Na véspera do Dia Internacional da Terra, o levantamento da OMM ecoa o apelo do Secretário-geral da ONU, António Guterres, por “cortes de emissões mais profundos e rápidos para limitar o aumento da temperatura global a 1,5º grau Celsius”.

Relatório da OMM relativo a 2022, divulgado dia 21 Abril, revela que os glaciares estão a derreter a um ritmo dramático. Vários indicadores de alterações climáticas voltaram a atingir níveis recorde.

O relatório da Organização Meteorológica Mundial, OMM, alerta que os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados. Além disso, o aumento do nível do mar e o aquecimento dos oceanos atingiram novos recordes.

No documento publicado nesta sexta-feira, a agência da ONU aponta que o agravamento da mudança climática trouxe mais secas, inundações e ondas de calor em diversos lugares do mundo. As consequências são ameaçadoras para vida e para os meios de subsistência.



© UNSPLASH/66 North
 


De acordo com o Serviço de Mudança Climática Copernicus, C3S, a onda de calor ocorreu também no Mar da Antárctida com o nível de gelo marinho sendo o mais baixo desde o início dos registros.


A OMM, um organismo da ONU, precisa que “o gelo marinho antárctico está no nível mais baixo de sempre e alguns glaciares europeus estão literalmente a derreter a uma velocidade recorde”.

“Os glaciares enfrentam um risco cada vez maior, porque a concentração de dióxido carbono (CO2) já é muito elevada e é provável que a subida do nível do mar continue durante milhares de anos”, 

Petteri Taalas, Secretário-Geral da OMM/ AFP

O degelo não pode ser parado “a menos que seja criada uma forma de remover o CO2 da atmosfera”, acrescentou.

De acordo com a OMM, os glaciares de referência, aqueles que são alvo de observações a longo prazo, registaram uma mudança média de espessura superior a -1,3 metros entre Outubro 2021 e Outubro 2022, correspondendo a uma perda muito superior à média da última década.




credits: WikiUser Drat70

Os glaciares dos Alpes europeus sofreram um degelo recorde devido à combinação da existência de pouca neve no inverno, à chegada de poeiras do Saara em Março de 2022 e às ondas de calor registadas entre Maio e inicio de Setembro, destaca o relatório.

Estes glaciares perderam 6% do seu volume de gelo entre 2021 e 2022, em comparação com um terço verificado entre 2001 e 2022.

Ainda há poucos dias vimos a tragédia que se abateu nos Alpes Franceses, logo seguida da tragédia nos Alpes Suiços.




via Google Images

O relatório anual confirma que a temperatura média global em 2022 foi 1,15°C mais elevada do que na época pré-industrial (1850-1900) e que os últimos oito anos foram os mais quentes de que há registo, apesar do arrefecimento causado pelo fenómeno climático El Niño durante três anos seguidos.

Este relatório confirma também que o ano passado foi marcado na Europa por ondas de calor no verão, às quais, recorda a OMM, foram associadas a 4.600 mortes em Espanha, 4.500 na Alemanha, 2.800 no Reino Unido, 2.800 em França e 1.000 em Portugal.

Portugal foi um dos muitos países que registaram em 2022 o seu ano mais quente. Outros países foram Espanha, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Suíça, Irlanda, e Bélgica.

(...)

A organização sediada em Genebra observou ainda que o nível do mar está a subir a um ritmo acelerado, de 2,27 milímetros por ano na década 1993-2002, para 4,62 milímetros por ano no período 2013-2022.

Outro problema nos oceanos resultante das alterações climáticas, a acidificação por dióxido de carbono absorvido pela água, fez com que o pH da superfície do oceano aberto atingisse o seu nível mais baixo em 26.000 anos, o que pode ter consequências graves para a vida marinha, adverte a OMM.

Este trabalho do Copernicus revela que as temperaturas na Europa estão a subir duas vezes mais que a média global e este aumento é mais rápido do que em qualquer outro continente, segundo hoje divulgado.

Para celebrar o Dia da Terra/ Earth Day dia 22 Abril, visita a minha postagem Earth Day 2023. Get Inspired ! onde encontrarás, actividades e dicas para os estudantes.

Convida os teus professores via redes sociais, e os teus pais e mais familiares, a juntarem-se a vós numa das actividades propostas. Podem ser actos muito simples!




French Alps
credits: jpclement38/Twitter/Reuters
via CNN

From mountain peaks to ocean depths, climate change continued its advance in 2022, according to the annual report from the World Meteorological Organization (WMO), April 21.2023. Droughts, floods and heatwaves affected communities on every continent and cost many billions of dollars. Antarctic sea ice fell to its lowest extent on record and the melting of some European glaciers was, literally, off the charts.




State of the Global Climate 2022/ WMO

The State of the Global Climate 2022 shows the planetary scale changes on land, in the ocean and in the atmosphere caused by record levels of heat-trapping greenhouse gases. For global temperature, the years 2015-2022 were the eight warmest on record despite the cooling impact of a La Niña event for the past three years. Melting of glaciers and sea level rise - which again reached record levels in 2022 - will continue to up to thousands of years.




Avalanche French Alps
credits: domaineskiable/Twitter/Reuters
via CNN


The European Alps smashed records for glacier melt due to a combination of little winter snow, an intrusion of Saharan dust in March 2022 and heatwaves between May and early September.

In Switzerland, 6% of the glacier ice volume was lost between 2021 and 2022 – and one third between 2001 and 2022.For the first time in history, no snow survived the summer melt season even at the very highest measurement sites and thus no accumulation of fresh ice occurred. A Swiss weather balloon recorded 0 C at a height of 5 184 m on 25 July, the highest recorded zero-degree line in the 69-year record and only the second time that the height of the zero-degree line had exceeded 5 000 m (16 404 feet). New record temperatures were reported from the summit of Mont Blanc.

According to the IPCC, globally the glaciers lost more than 6000 Gt of ice over the period 1993-2019. This represents an equivalent water volume of 75 lakes the size of Lac Leman (also known as Lake Geneva), the largest lake in Western Europe. Read more here


A day before of the world event Earth Day, the WMO survey echoes the call of UN Secretary-General António Guterres for “deeper and faster emission cuts to limit global temperature rise to 1.5 degrees Celsius”.




Google Doodle Earth Day 2023

We participate at Earth Day since 2007. We are a new generation who was informed by our teacher in Civics lessons about environment, ecological habits and so much more. Here we are again!

Please visit our publication Earth Day 2023. Get Inspired ! with activities and tips for students. 


Geração 'polar'


21-04.2023



sources: UN News/ WMO annual report 2022 (excerpts)