The Frozen Road : a journey to the Arctic
Ben Page
Ben Page começou uma viagem pelo mundo em 2015, fazendo-se acompanhar pela sua câmara fotográfica. Estava longe de imaginar que ela seria a sua companhia nesta sua viagem. De modo algum, uma viagem normal.
Milhares de quilómetros percorridos de bicicleta, com temperaturas extremas. Parte da jornada está no seu documentário “The Frozen Road”, lançado este ano e considerado o melhor documentário de aventura no New York Wild Film Festival 2018.
O sonho de Page começou em 2014. Depois de ter concluído a licenciatura em Geografia na Universidade de Durham, no norte de Inglaterra, o cineasta pegou na sua bicicleta e decidiu viajar sem qualquer objectivo cinematográfico.
“Eu tinha 22 anos, não tinha hipotecas, não tinha namorada. Não tinha nada que me prendesse a casa. Por isso parti”,
Ben Page
Quando chegou à cidade de Whitehorse, no Canadá, quis seguir em direcção a Tuktoyaktuk, que se situava a cerca de 1.600 quilómetros, no fim do continente americano.
The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page
Para lá chegar teria de pedalar durante 30 dias em estradas e rios congelados, com tempestades de neve, ventos traiçoeiros e temperaturas que chegavam aos 40 graus negativos.
A viagem pelo Árctico faz parte de uma odisseia que durou três anos e chegou a um percurso de 64 mil quilómetros pela América, África, Europa, Ásia e Árctico, o seu ponto mais alto.
Mais do que um desafio físico, Page revelou que o percurso foi um constante teste psicológico. Não havia banhos quentes nem electricidade ou dias definidos de descanso. Eram raras as alturas em que encontrava abrigo para as temperaturas extremas. Os Invernos que passava no Reino Unido tornaram-se num paraíso.
The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page
Para Page, o isolamento foi o mais difícil! Uma “dualidade constante”: a procura da solidão e da liberdade, mas ao mesmo tempo as alturas em que precisava de alguém para o ajudar em situações adversas.
“Havia momentos em que as coisas começavam a correr mal, quando o medo me invadia”, confessou à CNN, dando como exemplo um episódio em que ficou preso no Rio Peel, no Canadá, a 64 quilómetros da civilização mais próxima.
A sua câmara foi-se tornando cada vez mais importante. Durante o percurso, Page percebeu a importância em captar as suas memórias para lhe oferecer oportunidades no futuro como cineasta. A câmara era, acima de tudo, um antídoto para a solidão.
The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page
No final da jornada, quando viu o Oceano Árctico, já não era o pôr-do-sol que importava para o cineasta, mas o que aprendera durante a viagem.
“Talvez eu tenha provado algo para mim próprio ao ter ido até ao limite do meu mapa. Mas, também percebi que as linhas da chegada são melhores quando são partilhadas”
Ben Page
Page regressou no final de 2017 para reencontrar os pais, no Reino Unido.
The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page
http://www.anotherhorizon.org/the-frozen-road-3/
O seu documentário The Frozen Road: a journey to the Arctic foi lançado este ano. Já recebeu o Gold Best Bike film award SHAFF/ Sheffield Adventure Film Festival 2018.
The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page
Ben Page set up the shot. He erected the tripod, attached the camera, pressed record.
Treading carefully to ensure his footprints in the snow were out of sight - he got on his bike and cycled past the lens, eyes fixed on the vast untouched landscape ahead.
Page, 22 at the time, was in Yukon territory, the Canadian Arctic, on the most grueling section of a round-the-word cycle odyssey.
The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page
He had left the city of Whitehorse and was roughly 1,000 miles (1,600 kilometers) away from Tuktoyaktuk, the end of the North American continent.
To get there, he would have to cycle for 30 days along roads and frozen rivers, contending with snow storms, bitter winds, and temperatures as low as minus 40 Celsius (minus 40 Fahrenheit).
The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page
Before starting his round-the-world trip at Ushuaia, Argentina, the southernmost point of the Americas, Page had barely picked up a camera.
But 15 months and more than 10,000 miles later, he found himself in northern Canada, filming the footage that would form an award-winning documentary, The Frozen Road.
The adventure lasted three years, covering 40,000 miles (64,000km) and five continents: the Americas, Africa, Europe and Asia. The Arctic was its pinnacle. For Page, it was a mental challenge as much as it was a physical one.
All in all, the trip was about 40,000 miles. In 2017, Page finally made it back home, and was reunited with his parents.
Despite his film receiving distinguished recognition - including "Best Adventure Film" at the New York Wild Film Festival 2018 and "best director" at the Bilbao Mendi Film Festival, Page confesses his awkward relationship with the camera. Read more here
Geração 'explorer'
29.05.2019
Sources: Observador/ Viagens ; CNN/ Travel
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