Uma decorrada de gelo, rocha e terra com 60 metros de altura e 200 metros de largura varreu a encosta e o sopé da montanha de Marmolada, nos Alpes Italianos. Há já sete mortos confirmados, 8 feridos, dois dos quais em estado grave. Continuam desaparecidas 13 pessoas são dadas como desaparecidas (dez italianos, três checos. Um cidadão austríatico que estava desaparecido, já foi localizado.
Um grande pedaço do glaciar alpino soltou-se domingo, 3 Julho e deslizou pela montanha, apanhando mais de uma dezena de caminhantes num trilho, matando pelo menos seis pessoas, avança a televisão estatal RAI.
A estação italiana adianta, através do seu site, que haverá oito feridos. O grupo em causa seria composto por 15 pessoas, uma delas terá escapado sem ferimentos.
O glaciar desmoronou na montanha de Marmolada, a mais alta das Dolomitas italianas, perto do povoado de Punta Rocca, a rota normalmente usada para chegar ao cume. O desastre ocorreu um dia depois de uma temperatura recorde de 10 graus Celsius ter sido registada no cume do glaciar.
As elevadas temperaturas que se fazem sentir na região desde Junho são apontadas como a causa da avalanche. Sábado, 02 Julho, os termómetros chegaram a um recorde de 10 graus no ponto mais alto das Dolomitas. Um dia depois, domingo, dia 03 Julho, uma parte do milenar glaciar de Marmolada, nos Alpes italianos, desprendeu-se.
Um dos mais populares circuitos de escalada ficou completamente coberto. Entre as vítimas e os desaparecidos estão cidadãos de várias nacionaliaddes, incluindo italianos, alemães, checos, austríacos e romenos.
As autoridades prosseguem as buscas por sobreviventes. Uma operação delicada devido à contínua queda de pequenos blocos de gelo.
Segundo a Associated Press (AP), o Corpo Nacional de Resgate Alpino e Cavernas conta com pelo menos cinco helicópteros e cães de busca e salvamento na área do pico de Marmolada em que o desprendimento aconteceu. Em causa estará a possibilidade de existirem outras vítimas, que seguissem noutro grupo.
O serviço italiano de resgate alpino criou um número de telefone gratuito para permitir que as pessoas possam comunicar o desaparecimento de familiares ou amigos que tenham feito uma viagem ao glaciar.
Não é claro o que causou a derrocada, mas a intensa onda de calor que atinge a Itália desde o final de Junho pode ser um factor de explicação, disse à RAI Walter Milan, porta-voz dos serviços de resgate alpinos.
“O calor é fora do comum”, disse Milan, notando que as temperaturas nos últimos dias no pico da montanha chegaram aos 10º C. “É um calor extremo” para o pico, disse, acrescentando ser “claramente, algo anormal”.
O glaciar desprendeu-se perto de Punta Rocca, ao longo da rota normalmente tomada para chegar ao cume.
O glaciar de Marmolada, apelidado de "Rainha das Dolomitas", é o maior glaciar da cordilheira do norte de Itália, que faz parte dos Alpes. Localizado no Trentino, dá origem ao Rio Avisio e tem vista para o Lago Fedaia.
Segundo o relatório do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC) publicado a 1 de Março, o derretimento do gelo e da neve é uma das dez principais ameaças causadas pelo aquecimento global, perturbando os ecossistemas e ameaçando certas infra-estruturas.
O IPCC diz que os glaciares na Escandinávia, Europa Central e Cáucaso podem perder 60-80% da sua massa até ao final do século. As vidas tradicionais de pessoas como os Sami na Lapónia, que se dedicam ao rebanho de renas, já estão a ser perturbadas. No Canadá e na Rússia, o descongelamento do permafrost está a dificultar as actividades económicas.
via AP
This undated image made available Monday, July 4, 2022, by the press office of the Autonomous Province of Trento shows the glacier in the Marmolada range of Italy’s Alps near Trento from which a large chunk has broken loos
Some 13 people remain unaccounted for a day after a huge chunk of an Alpine glacier broke off and slammed into hikers in northern Italy, officials said Monday.
At least seven people died and 9 were injured by the avalanche of ice, snow and large rocks thundering down the slope of the mountain topped by the Marmolada glacier Sunday afternoon, 3 July.
Rescue teams sent helicopters and drones up for a second day after Sunday’s disaster, which saw at least seven hikers killed when a section of the country’s largest Alpine glacier gave way, sending ice and rock hurtling down the mountain.
Italy has blamed the collapse on climate change and fears more of the glacier could come crashing down have prevented access to much of the area where hikers, some roped together, are believed to be buried.
This image released on July 3, 2022, by the Italian National Alpine and Cave Rescue Corps shows the glacier in Italy’s Alps near Trento a large chunk of which has broken loose, killing at least seven hikers
Authorities had declared 14 people missing but revised that number down to five on Tuesday, 5 July, after managing to trace some of those unaccounted for.
Also missing, according to Italian media reports, was Filippo Bari, 27, who had snapped a grinning selfie of himself on the mountain earlier Sunday and sent it to family and friends saying “look where I am!”
“Operations on the ground will only be carried out to recover any remains discovered by the drones, to ensure rescuers’ safety,” the Trentino Alpine Rescue Service said Tuesday. Drones were being used to look for any of the missing as well as verify safety.
Experts were surveying the area to determine how best to enable teams with sniffer dogs to get out onto the site safely on Wednesday or Thursday, the Service’s national chief Maurizio Dellantonio told AGI news agency.
Helicopter pilot Fausto Zambelli said hope of finding survivors under the ice was slim, but not entirely gone.
A team of psychologists was on hand to support relatives of the victims.
We hope that new survivors will be find. What a tragedy"
Geração 'explorer'
05.07.2022
Resources: Expresso/DN/ Euronews/ The Local
No comments:
Post a Comment