O campo de gelo de Juneau, um dos maiores da América do Norte, está a derreter a um ritmo duas vezes mais rápido do que o registado há mais de uma década, e os investigadores dizem que o ritmo de perda de gelo é “extremamente alarmante”.
Uma investigação recente analisou registos desde 1770 até 2020 e revelou uma perda significativa de gelo, especialmente nas últimas décadas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_de_gelo_de_Juneau#/media/Ficheiro:NWCoast1a.png
A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, e publicada na revista Nature Communications, no dia 2 Julho 2024. Soube-se até que ponto o volume de gelo no Campo de Gelo de Juneau diminuiu significativamente desde 2010 em comparação com as décadas anteriores.
A equipa de investigadores internacional utilizou fotografias antigas, registos históricos, cartografia e imagens de satélite para reconstruir a elevação do campo de gelo.
Descobriram que cerca de 1/4 do volume de gelo original se perdeu ao longo de 250 anos. Entre 1770 e 1979, a perda de gelo foi estável, mas aumentou no final do século XX e duplicou entre 2010 e 2020, resultando na extinção de 108 glaciares.
Bethan Davies, coautora do estudo publicado na Nature Communications, destacou que a aceleração da perda de gelo desde o início do século XXI é alarmante.
Atribuindo a causa às alterações climáticas, Davies explicou que os campos de gelo planos do Alasca são particularmente vulneráveis, pois a perda ocorre em toda a superfície. Estes campos não conseguem recuar para altitudes mais elevadas e encontrar um novo equilíbrio.
A investigação sugere que as actuais projeções sobre a perda de gelo pode subestimar o problema. À medida que os glaciares do planalto de Juneau mcontinuam a afinar e recuar para áreas mais quentes, processos de retroação impedirão o seu crescimento futuro, levando-os potencialmente a uma recessão irreversível.
Globally, glaciers and icefields contribute significantly to sea level rise. Here we show that ice loss from Juneau Icefield, a plateau icefield in Alaska, accelerated after 2005 AD. Rates of area shrinkage were 5 times faster from 2015–2019 than from 1979–1990. Glacier volume loss remained fairly consistent .
Thinning has become pervasive across the icefield plateau since 2005, accompanied by glacier recession and fragmentation. Rising equilibrium line altitudes and increasing ablation across the plateau has driven a series of hypsometrically controlled melt-accelerating feedbacks and resulted in the observed acceleration in mass loss. As glacier thinning on the plateau continues, a mass balance-elevation feedback is likely to inhibit future glacier regrowth, potentially pushing glaciers beyond a dynamic tipping point.
Geração polar
27.09.2024
Sources: video Juneau Icefield Research Program
GreenSavers/ Nature Communications