Há cerca de 150 mil pinguins-de-Adélia que estão não podem voltar à sua colónia. Um icebergue gigante barrou-lhes o caminho, forçando-os a um longo desvio para encontrar comida, segundo um estudo científico.
O pinguim-de-adélia (Pygoscelis adeliae) é uma espécie de pinguim que habita a Antárctida. É uma das únicas espécies que nidificam neste continente.
O nome é derivado da Terre Adélie, baptizada em homenagem à mulher do descobridor da espécie, Jules Dumont d'Urville.
A Terre d'Adélie é um dos distritos das Terras Austrais e Antárticas Francesas.
A Terre d'Adélie é um dos distritos das Terras Austrais e Antárticas Francesas.
Localização Terre d'Adelie
Esta colónia de pinguins vive no Cabo Denison, um cabo rochoso situado na baía de Commonwealth, no leste da Antárctida.
A partir de Outubro, os pinguins escolhem regiões de solo nu, nas encostas mais abrigadas, onde constroem ninhos com pedregulhos.
A partir de Outubro, os pinguins escolhem regiões de solo nu, nas encostas mais abrigadas, onde constroem ninhos com pedregulhos.
O icebergue B09B, que mede 100 km2 - área equivalente à cidade de Paris -encalhou na Baía de Commonwealth em Dezembro de 2010, indicam investigadores australianos e Neozelandeses na revista Ciência da Antártida, publicada este mês.
Adélie penguins. An iceberg grounding in Commonwealth Bay threatens a colony's survival
credits: Andy Isaacson/ The New York Times
Em Fevereiro de 2010, a população da colónia de pinguins-de-Adélia foi contabilizada em cerca de 160.000 indivíduos. Em Fevereiro de 2011, e em Dezembro de 2013 já só eram cerca de 10.000, dizem os pesquisadores.
A chegada desta massa glaciar e a formação de gelo permanente que se seguiu forçou os pinguins a prolongar o seu percurso em 60 km para conseguir chegar ao lugar onde encontram alimentos, o que dificultava o seu processo reprodutivo.
Pinguins
credits: AP/ Sankei Shimbun
“A população do Cabo Denison poderá extinguir-se nos próximos 20 anos, a menos que se mova o B09B, ou que o gelo permanente costeiro que se formou se quebre”, escrevem os investigadores do centro de pesquisa sobre as alterações climáticas na Universidade de Nova Gales do Sul e da “New Zealand’s West Coast Penguin Trust”.
Ao contrário do gelo do mar, o gelo permanente não deriva. E pode atingir uma espessura considerável.
Adélie penguins / Cape Denison, Antarctica
after an iceberg grounded.
credits: Colin Cosier
http://www.smh.com.au/
Tens of thousands of Antarctic penguins are estimated to be unable to return to their colony after a massive iceberg grounded there, according to a newly published study.
The B09B iceberg, measuring some 100 square kilometres (38.6 square miles), grounded in Commonwealth Bay in East Antarctica in December 2010, the researchers from Australia and New Zealand wrote in the Antarctic Science journal.
The Adelie penguin population at the bay's Cape Denison was measured to be about 160,000 in February 2011 but by December 2013 it had plunged to an estimated 10,000, they said.
The B09B iceberg
The iceberg's grounding meant the penguins had to walk more than 60 kilometres (37 miles) to find food, impeding their breeding attempts, said the researchers from the University of New South Wales' (UNSW) Climate Change Research Centre and New Zealand's West Coast Penguin Trust.
"The Cape Denison population could be extirpated within 20 years unless B09B relocates or the now perennial fast ice within the bay breaks out," they wrote in the research published in February. Read more here
Geração 'explorer'
23.02.2016
Sources: Observador | Phys.org